Sob forte da (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários), moradores começaram a se mudar nesta segunda-feira (4) para os apartamentos do residencial no Canguru, entregues pelo presidente Jair Bolsonaro na última quinta-feira (30), em . Logo após a cerimônia de entrega, a prefeitura de Campo Grande recebeu pelo menos 10 denúncias de beneficiários tentando vender os apartamentos, inclusive com anúncios nas .

Até por isso, mas não só, hoje os funcionários da agência estão no condomínio trabalhando junto da síndica para conferir os beneficiários que estão se mudando. Segundo a assessoria Amhasf, esse é um momento de grande especulação.

Todos os beneficiados serão acompanhados e checados via contrato. Caso haja irregularidades, as pessoas serão identificadas e a Amhasf enviará ofício à Caixa para que o agente financeiro responsável pelo empreendimento tome as medidas jurídicas cabíveis, já que o residencial é da Caixa.

Moradores fazendo mudança dentro do residencial (Foto: Marcos Ermínio/Midiamax)

A reportagem do Midiamax esteve em frente ao condomínio nesta segunda, mas não foi autorizada a entrada no condomínio pela síndica. Nenhum morador também quis conceder entrevista. Porém, a movimentação de chegada dos moradores era constante e muitos com pequenos caminhões de mudança. Eles passam por uma breve triagem na entrada, que continua dentro do condomínio.

Denúncias de negociações

Conforme o diretor da Amhasf, todas as denúncias são de anúncios postados no Facebook. Reportagem do Jornal Midiamax revelou que moradores começaram a negociar a venda das unidades habitacionais poucas horas após o presidente entregar o residencial. Parte deles, inclusive, escancararam a proposta: ‘4,5 mil pode vir buscar a chave'.

Horas após Bolsonaro entregar apartamentos em MS, moradores negociam: '4,5 mil pode buscar a chave'
Pessoas estão negociando venda de apartamentos logo após inauguração. Foto: Montagem/Jornal Midiamax

Assim, Cláudio explica que a responsabilidade é da Caixa Econômica Federal e da União, mas que o município de Campo Grande vai intermediar essa fiscalização. “Vamos encaminhar as denúncias e reforçar através de ofícios junto à Caixa para que apure, entre com reintegração e retomada”, reforçou.

Ainda conforme o diretor, o município vai acompanhar para identificar os beneficiários que praticarem a venda. “Vamos acompanhar a mudança dessas famílias. Quem não estiver dentro do imóvel no prazo, vamos oficializar para que a unidade seja retomada e encaminhe para outra família”, pontuou.