Depois de passar três dias internada com feto morto dentro da barriga, Natália Borges do Prado, de 33 anos, conseguiu retirá-lo na tarde deste sábado (8) no Regional, em . Ela contou ao Jornal Midiamax que havia sofrido um aborto espontâneo e deu entrada na unidade de saúde na última quarta-feira (5). Depois de muitas dores e contrações, ela tentou conseguir transferência de hospital para fazer cesariana, mas não precisou.

Desde que entrou no , Natália estava fazendo procedimento de indução com remédio para que o fosse extraído de forma natural. No entanto, o seu organismo não estava respondendo ao processo. A família tentou fazer a transferência da paciente para que ela conseguisse fazer cesariana em outro hospital. Porém, a bolsa rompeu e o feto foi retirado naturalmente pela equipe médica do HR.

O esposo de Natália, Hugo Eduardo Messias Teixeira, de 30 anos, disse à equipe de reportagem que os médicos estavam fazendo sonda na esposa para romper o colo do útero. Na hora da retirada da sonda, a bolsa rompeu minutos depois e, por volta de 15h30, o feto saiu pela indução, sem vida. Agora, Natália segue internada e em observação, mas está bem.

“Graças a Deus ela está bem, infelizmente tivemos essa perda [do bebê], mas a saúde dela tá bem agora. Estamos esperando ela dar alta agora”, disse Hugo. Se tudo ocorrer bem, a previsão é que a paciente seja liberada do hospital hoje à noite.

Relembre o caso

Natália disse ao Jornal Midiamax que estava desde a última quarta-feira (5) sofrendo fortes dores e contrações por causa do aborto. Internada no Hospital Regional da Capital, ela não estava sendo liberada para fazer cesariana. Ela tentou pedir transferência de hospital na manhã deste sábado (8) para fazer a cirurgia no plano particular.

No entanto, a medida não foi necessária porque o feto saiu naturalmente. Sobre a transferência da paciente, o Hospital Regional afirmou que Natália não foi liberada porque estava em procedimento de indução de parto. Na sexta-feira (7), o local também publicou uma nota de esclarecimento do porquê optou pela indução ao invés da cirurgia nesse caso.

Conforme as informações do hospital, o “procedimento de indução do parto é, conforme relata o Ministério no Manual Técnico de Gestação de Alto Risco, cada vez mais frequente, pois facilita o trabalho de parto, e reduz as taxas de cesariana”.

Além disso, “em situação de aborto retido o procedimento é feito em etapas, e tem um prazo limite para a indução, que é discutido caso a caso. Se o feto continuar no ventre após o prazo, o médico informa as pacientes da necessidade de uma cesariana”.

A nota ainda esclarece que os médicos do centro obstétrico levam em consideração a vida pós-parto da mãe, a possibilidade de ela ter novos filhos e a preservação do útero para suportar uma nova gestação. Confira a nota do Hospital Regional na íntegra aqui.