Volta ao normal? Turma da 3ª idade ainda prefere curtir na segurança de casa do que nos espaços públicos
Conhecida por ser o point dos idosos, praça Ary Coelho ainda tem movimento tímido
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Filhos preocupados com os pais, avós, vizinhos, tios e tias: uma das principais angústias nesta pandemia ainda é a saúde dos idosos, por conta da alta letalidade da covid-19 nesse grupo. E mesmo com o avanço da vacinação e a dose de reforço, a turma da terceira idade ainda prefere permanecer na segurança de suas casas.
Prova disso é que o conhecido ponto de encontro dos idosos, as mesinhas com jogos da praça Ary Coelho, ainda permanece vazio. Frequentador do local antes da pandemia, o aposentado Hermínio Nantes, de 67 anos, diz que sentiu falta de papear com os ‘colegas de banco’. “Eu passava a tarde lá jogando conversa fora”, relembrou ele ao Jornal Midiamax.
Enquanto precisa se manter em casa — principalmente pela pressão da filha Rosana, de 36 anos —, Hermínio teve que criar uma válvula de escape: “Converso com os vizinhos […] pelo portão mesmo”, contou. Nesta sexta-feira (1º), é comemorado o Dia dos Idosos, que receberam atenção triplicada durante este período pandêmico.
Curtir em casa
Com o avanço da vacinação e a diminuição dos casos — além da terceira dose —, os idosos puderam ter certas liberdades. Desde agosto, os quatro CCIs (Centros de Convivência do Idoso) estão funcionando com 30% da capacidade e com atividades online.
Assim como Hermínio, a dona de casa Maria do Socorro Vieira, de 62 anos, também não está saindo de casa porque “ainda não é hora”. Porém, no mês passado, se permitiu receber a visita de uma amiga. “A gente ficou de máscara, na varanda, tudo seguro. Deu para matar a saudade, conversamos bastante”, contou ela à reportagem.
Dona Maria disse que sempre foi caseira e não teve que mudar muito a rotina por conta da pandemia. “Eu passo quase a manhã inteira cuidando das minhas plantas; elas são minhas companheiras; e agora em casa passei mais tempo com elas”, revelou.
Muitos ainda não se sentem seguros para sair de casa, mas outros optaram por voltar a atividades normais que faziam antes da pandemia. Atualmente mil idosos participam das atividades nas unidades de Cras (Centro de Referência da Assistência Social) e CCIs, segundo a SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social).
Cidade com maior população de idosos
De acordo com o último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2010, MS tem população de pessoas com mais de 60 anos estimada em 239.594, representando 9,7% de todos habitantes do Estado. Desse número, maioria é de mulheres: 123.961 contra população de 115.633 homens.
Responsável por 32,7% da população de pessoas com mais de 60 anos de MS, Campo Grande é a cidade com maior número de idosos bem a frente dos outros municípios, com 78.496. Em segundo aparece Dourados, conforme os dados levantados pelo Jornal Midiamax junto ao IBGE, com 17.589 — mais de 60 mil a menos que a Capital.
Seguindo o top 7 dos municípios está Três Lagoas, Corumbá, Ponta Porã, Aquidauana e Paranaíba. Confira:
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