Venda de máscaras e álcool em gel cai e produtos sobram nas farmácias de Campo Grande

Estabelecimentos percebem uma queda gradual na procura com melhora nos indicativos da pandemia
| 23/09/2021
- 18:00
Demanda pelos equipamentos de proteção individual caiu.
Demanda pelos equipamentos de proteção individual caiu. - Marcos Ermínio/Midiamax

Depois de um ano e meio de pandemia, farmácias percebem uma queda gradual na busca por EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) em . Enquanto no começo da pandemia houve uma corrida em busca de álcool em gel e máscaras descartáveis, agora os produtos até sobram nas prateleiras, o que pode indicar um certo descuido da população conforme a situação melhora. 

A reportagem entrou em contato com drogarias de diferentes bairros da Capital, mas todas relataram o mesmo: uma queda significativa nas vendas dos dois produtos mais essenciais na pandemia. Os funcionários relatam que a queda na venda dos itens tem sido gradativa, mas se acentuou ainda mais no último mês. 

“De uns 15 dias para cá, diminuiu ainda mais. O álcool em gel principalmente, as máscaras ainda há procura. Está sobrando mesmo, não tem mais tanta demanda”, relata a trabalhadora em uma farmácia na Vila Bandeirante. 

 

Para quem trabalha nas drogarias de Campo Grande, é perceptível a queda na procura pelo álcool em gel principalmente. É importante lembrar que mesmo com a maioria da população imunizada, o coronavírus continua presente e as medidas preventivas devem ser mantidas. 

“A máscara teve uma queda nas vendas, mas nem tanto. O álcool em gel deu pra perceber que tem tido cada vez menos procura. São produtos que ainda são buscados, mas não como antes”, relata o funcionário em uma drogaria do bairro Maria Aparecida Pedrossian.

A reportagem conversou com atendentes em drogarias dos bairros Piratininga, , Centro, Maria Aparecida Pedrossian e Guanandi, sendo que todos confirmaram a queda na procura pelos produtos de proteção individual. 

 

É hora de relaxar os cuidados? 

atingiu no fim de semana a tão sonhada imunidade coletiva. O marco foi anunciado quando o Estado chegou a 70% dos adultos com o ciclo vacinal completo, ou seja, com duas doses ou com a dose única. “É um marco, uma meta. Estes números não têm consenso na literatura mundial, mas vamos avançar mais ainda. A gente pode chegar, até o início de outubro, a 80% imunizados. Vamos trabalhar intensamente para passar este número”, disse o secretário Geraldo Resende. 

Contudo, o infectologista da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Julio Croda, explica que Mato Grosso do Sul ainda precisa avançar na imunização, devendo atingir 80% da população geral vacinada. “Quando a gente compara, a imunidade de rebanho é considerada a população geral. O que pode mudar [com 70% a 80% de imunidade dos adultos] é que a taxa de internação e óbitos poderão diminuir ainda mais porque são os adultos que ficam em sua maioria internados com a doença”, disse Croda.

Como a variante Delta circula no Estado, a recomendação das autoridades de saúde é continuar com os cuidados essenciais: evitar aglomerações, fazer a higiene correta das mãos e utilizar máscaras. 

 

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