Lidar com infestação de insetos peçonhentos é sempre um problema, quando a situação persiste há mais de seis anos, torna-se um empecilho contínuo na vida dos moradores do Jardim Anache. No cruzamento da Rua dos Amigos com Avenida Abrão Anache, um terreno abandonado tem tirado a tranquilidade dos vizinhos que convivem diariamente com aranhas, ratos e até cobras no interior de suas casas.
Morando na frente do terreno há 32 anos, Maria Benedita, de 66 anos, viu o espaço retroceder de uma área de lazer para um criador de pragas. “Está assim há 6 anos, quando trocou de dono, antes as crianças brincavam”, disse ela.
A dona de casa explicou que os próprios moradores limpavam o espaço por conta própria, para evitar a procriação insetos, mas não conseguiram manter por muito tempo. “A gente pagava para limpar quando tinha dinheiro. [Cria] rato, cobra, formiga e até lacraia, isso é pra acabar”, finalizou Maria.

Para quem tem um bebê de 8 meses, o medo é a revolta são sentimentos recorrentes para quem mora ao lado do terreno, vivendo com infestação de insetos quase que diariamente. “Lesma e aranha vira e meche tem em casa. Meu filho teve alergia por causa da criação de mosquitos, e tive que ir para casa da minha avó”, desabafou a autônoma Jéssica dos Santos, de 20 anos.
Depois de anos esquecido, o local virou um ponto de descarte a céu aberto, com entulho de obra, poda de árvore e até lixo doméstico. “O povo não respeita, vem gente até de outros bairros durante a madrugada para jogara lixo”, finalizou Jéssica.
Do outro lado da rua, o açougueiro Moraci da Silva, de 46 anos, trabalha em frente ao espaço abandoando e escuta com frequência a reclamação dos moradores da região. “Não moro aqui, mas os clientes falam que sempre foi assim, jogam muito lixo aí na frente, disse ele.
O açougueiro é um dos que observam o crescente aumento no número de insetos, principalmente no fim do expediente. “Mais a tardezinha, você vê muita barata e piolho de cobra. As pessoas ficam com medo de passar perto do mato, aqui é uma linha de ônibus, tem escola perto, deveria ser mais cuidado”, finalizou.
Em nota, a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana) disse ao Jornal Midiamax que é necessário formalização da denúncia de vizinhos no 156 para para que fiscalização seja encaminhada ao endereço.