Telas de proteção podem suportar meia tonelada e instalação custa até R$ 100 em Campo Grande

Em Campo Grande, menino de 2 anos ficou pendurado em parapeito de janela no 9° andar de edifício

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Após o caso da criança de 2 anos que ficou pendurada em parapeito de janela, no 9° andar de prédio no Centro de Campo Grande, moradores questionaram sobre medidas de segurança necessárias para livrar os pequenos de acidentes. Na Capital, instalar uma tela de proteção para evitar incidentes nas janelas de prédios pode custar entre R$ 70 e R$ 100 e equipamento suporta até meia tonelada por m².

Segundo apurado pela reportagem, a janela do prédio onde a criança caminhou teria uma rede de proteção, mas havia um defeito e a tela estaria parcialmente solta. Com isso, o menino de 2 anos passou por buraco e morador registrou o momento da ‘arte’, que poderia ter terminado em tragédia (confira o vídeo ao final do texto).

Conforme a empresa Super Telas, a instalação de uma tela de proteção pode levar apenas 30 minutos e o valor pode ser parcelado em até 6x ou R$ 90 a vista. Com capacidade para suportar até 500 kg por m², as telas, conforme atendente da empresa, são de polietileno, certificada e testada, com ganchos galvanizados.

“Se um adulto padrão forçar, empurrando com todas as forças, a rede não iria ceder”, explicou à reportagem. Portanto, a rede pode suportar tranquilamente o peso de uma criança que, por ventura, apronte e ‘resolva’ testar a qualidade do equipamento.

Na Grand Telas, o morador pode garantir a proteção nas janelas a partir de R$ 70. As telas que a empresa fornece também são de material de polietileno, que são mais resistentes que as comuns, de nylon. Peterson Gomes explica que os equipamentos podem suportar até 180 kg de pressão constante. “Por mais que o material seja resistente, é necessário ter uma boa instalação para garantir a segurança. O fabricante recomenda que as telas devem ser trocadas a cada 3 anos”, explicou.

Pais responderão por crime 

Os pais do menino de 2 anos deverão responder criminalmente por abandono de incapaz, após circular nas redes sociais um vídeo em que a criança aparece pendurada na janela de um apartamento do 9º andar de um edifício, na região central da cidade.

O pai do menino prestou depoimento na Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente) e, segundo seu relato feito para a delegada Fernanda Félix, o menino havia sido deixado com a avó, já que ficava na escola até as 13 horas. 

A avó da criança — que tem problemas de visão — teria deixado o neto em cima de uma cama, que fica próxima à janela, para fazer mamadeira. Quando voltou, percebeu que a criança estava na janela. Ela acabou retirando o menino do parapeito sem assustá-lo. Logo em seguida, recebeu uma ligação da Polícia Militar.

Os policiais conversaram com a mulher e perceberam que na janela havia uma proteção e que tudo não havia passado de um susto. Segundo o pai da criança, era a primeira vez que o filho subia na janela. Ainda de acordo com o pai, o filho seria matriculado em tempo integral na escola. Foi determinada pela delegada o registro do boletim de ocorrência com o início das investigações. 

Abandono de incapaz é um crime de perigo concreto em decorrência do próprio verbo empregado na figura criminosa, qual seja abandonar, o que exige um risco efetivo, real. A delegada acredita que houve de fato perigo concreto.

 

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