Sem chuvas, Rio Pardo entra em período de estiagem e Pantanal já registra 1,4 mil focos de calor

Maior parte dos focos de calor são registrados no Pantanal de Corumbá

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Há 9 dias sem chuvas intensas em Mato Grosso do Sul, rios do Estado já passam apresentar início de seca. O Rio Pardo, na estação da Fazenda Buriti, em Aquidauana entrou, nesta terça-feira (6), em período de estiagem.

Conforme o boletim diário do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), o nível do rio aponta 95% a menos da cota de permanência normal da água. Hoje, a régua marca 298 centímetros, 30 cm a menos do considerado normal para o período.

Outros rios que banham o Estado, rio Piquiri, Paraguai, Aquidauana, Miranda, Taquari e Aporê estão na cota normal, mas apenas a estação da Estrada MT-738, em Aquidauana, registrou chuva nos últimos dias.

Segundo o mapa e monitoramento do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), a seca já começa a preocupar. Entre 16 a 31 de março, cerca de 1.436 focos de calor foram registrados no Estado, sendo a maior parte em Corumbá (746 focos), Porto Murtinho (403) e Rio Verde de Mato Grosso (239).

O número representa três vezes mais do monitorado na quinzena anterior, que era de 344, sendo 239 apenas em Corumbá.

Em fevereiro, o Pantanal recebeu pela segunda vez o título de ‘Lago Ameaçado do Ano’, pela Global Nature Fund (GNF) e a Rede de Lagos Vivos. Segundo o diretor presidente da Ecoa (Ação e Ecologia), André Luiz Siqueira, pela falta de chuva, a próxima estação de incêndios pode ser pior que a do ano passado, que foi considerada a mais severa dos últimos 50 anos.

 “Não me lembro de que alguma vez choveu tão pouco aqui nos meses de verão como neste momento. Mas precisamos da chuva. Já no período de verão brasileiro de dezembro de 2019 a março de 2020, o Pantanal, situado em maior parte no Brasil, mas também estendendo-se ao Paraguai e à Bolívia, registrou 40% menos chuva do que nos anos anteriores. No ano passado, foram registrados os piores incêndios na região e a maior seca.  Foram queimados mais de 4 milhões de hectares no Pantanal, consumindo cerca de um terço da maior área úmida continental do planeta”, disse.

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