Depois de um ano e meio em aulas online, mais de 200 mil alunos da rede estadual de ensino de voltam às escolas nesta segunda-feira (2). O retorno presencial é compulsório, ou seja, somente serão liberados de ir às aulas aqueles que apresentarem justificativa comprovada por documento ou atestado médico. 

Na entrada da escola Joaquim Murtinho, no Centro de Campo Grande, o movimento estava bem menor que o normal, uma vez que as turmas estão divididas entre os que vão para a aula presencial e os que acompanham de forma remota as atividades.

Na entrada, profissionais com proteção facial faziam a aferição da temperatura e passavam álcool gel nos alunos, que devem usar a máscara o tempo inteiro.

A SED (Secretaria Estadual de Educação) esclareceu que para os alunos que serão liberados de irem à escola, será oferecido suporte para que possam acompanhar as aulas de forma remota.  

As lotações permitidas por sala atendem às exigências do (Programa de Segurança da Saúde e Economia), do governo estadual, que estipula:

  • Grau “extremo” (bandeira cinza): 09 estudantes em sala;
  • Grau “alto” (bandeira vermelha): 15 estudantes em sala;
  • Grau “médio” (bandeira laranja): 21 estudantes em sala;
  • Grau “tolerável” (bandeira amarela): 27 estudantes em sala;
  • Grau “baixo” (bandeira verde): 30 estudantes em sala.

“Estamos prontos para receber todos os estudantes e servidores no dia 2 de agosto, com equipamentos necessários de biossegurança, acolhimento socioemocional, normatização e com cuidado cognitivo de avaliação diagnóstica para que cada estudante possa se encaixar onde parou na sua aprendizagem”, pontuou a secretária estadual de educação, Cecilia Motta.

Pais divididos

A decisão do governo de Mato Grosso do Sul pela volta compulsória às aulas na rede estadual de ensino dividiu opiniões de pais de alunos e desagradou a muitos deles. Segundo a (Secretaria de Estado de Educação de MS), o retorno atenderia a um pedido dos professores. 

A técnica de contabilidade, Andrea de Souza Monfort, que tem filhos matriculados na Escola Henrique Ciryllo Corrêa, na Vila Rica, acredita que ainda não é o momento para obrigar os alunos a voltar às salas. “Estamos preservando a saúde da minha família, meu tio é diabético. Nós estamos vacinados, mas as crianças ainda não”, argumentou.

A mãe complementa que os filhos estão evitando sair de casa devido à pandemia. “Acho absurdo falar que as crianças têm obrigação de ir”, pontuou.

O pensamento é compartilhado por vários pais que se manifestaram nas redes sociais do Jornal Midiamax:

Tatyane Monteiro: “Oxi se eu não quiser mandar não vou mandar e ponto. Conselho tutelar tem que ser acionado é para pais que não cuidam dos filhos e deixam jogados na rua, passando fome, em situações ruins, sem cuidados”.

Flávia Canepa do Carmo: “Sou contra minha filha não vai voltar até porque, se algo acontecer, nenhum deles vai se responsabilizar”.

Lucas Pimenta: “Já pode me acionar então meu filho não vai voltar, e ponto final”.