Recuperada de queimaduras, onça Jout Jout viaja para voltar ao habitat no Pantanal

A onça-pintada, apelidada de Jout Jout, decolou em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira), na tarde desta quinta-feira (21), para retornar ao Pantanal da Serra do Amolar, em Corumbá, a 417 quilômetros de Campo Grande. O felino foi resgatado debilitado com queimaduras. Equipes do IHP (Instituto do Homem Pantaneiro), Imasul (Instituto de Meio Ambiente […]

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A onça-pintada, apelidada de Jout Jout, decolou em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira), na tarde desta quinta-feira (21), para retornar ao Pantanal da Serra do Amolar, em Corumbá, a 417 quilômetros de Campo Grande. O felino foi resgatado debilitado com queimaduras.

Equipes do IHP (Instituto do Homem Pantaneiro), Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), CRMV-MS (Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso do Sul) e voluntários viajaram de barco, na quarta-feira (20), para receber o animal nas áreas de preservação e acompanhar o processo de liberdade.

Após dois meses passando por tratamentos no Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), o felino ganhou mais de 40 quilos, as queimaduras nas patas e corpo foram cicatrizadas e será solta com um colar para monitoramento via satélite.

Recuperada de queimaduras, onça Jout Jout viaja para voltar ao habitat no Pantanal
Patas do animal cicatrizadas. (Foto: Divulgação/Imasul)

Além de sobreviver a um dos piores incêndios no bioma pantaneiro, Jout Jout foi resgatada com um projetil alojado no fêmur, disparado por atiradores. Ela foi salva por equipes junto a outro macho, que acabou não resistindo e morrendo pouco de pois de char ao Cras.

Na tarde de quarta-feira (21), as pessoas que participaram do processo de recuperação do animal festejaram a vitória da felino que presenta a fauna do Estado.

Monitoramento

O colar foi implantado pelo pesquisador da UFMS, Gediendson Ribeiro de Araújo, especialista no assunto, e será monitorado por pesquisadores do Cenap (Centro Nacional de Pesquisas e Conservação de Mamíferos Carnívoros) e do IHP. A coleira contém uma bateria e um chip que a cada hora emite um sinal, capturado pelo satélite e retransmitido ao software de monitoramento.

“O sinal nos permite saber qual o percurso transcorrido pelo animal durante o dia, se tem se alimentado, quantas horas tem descansado”. Com base em dados de outros felinos da espécie, é possível saber se essa onça estará apresentando um comportamento considerado normal. A bateria deve durar cerca de um ano e meio.