O secretário municipal de Saúde Pública () José Mauro Pinto discordou da reserva de apenas 10% das vacinas repassadas ao Estado para os novos grupos prioritários autorizados pela CIB (Comissão Intergestores Bipartite), como trabalhadores do comércio, da imprensa e oficiais de Justiça. Segundo ele, o percentual é pouco e pode emperrar a fila de imunização em .

“Só o comércio são 156 mil pessoas. No total, dá mais de 200 mil pessoas, de um grupo de 350 mil que faltam vacinar. Para distribuir só 10% dessas vacinas? É inócuo uma decisão dessa. É uma fila que você sabe que não vai andar”, criticou o secretário, hoje (1º), pouco antes de entrar em reunião com o (Ministério Público Estadual).

Mauro Filho disse ainda que os municípios contemplados pelo estudo do grupo Vebra Covid, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), “não terão esse problema”. O secretário se posicionou contrário à remessa de 165,5 mil doses de vacina da Janssen para dar cabo a uma pesquisa na faixa de fronteira.

“É uma abertura que foi feita de forma que 13 municípios não terão esse problema. Agora, em grandes centros como Três Lagoas, Dourados, Corumbá e Campo Grande haverá sempre essa discussão”, completou.

Ontem (30), a CIB autorizou a inclusão de profissionais da imprensa, bancários, profissionais de segurança privada e de transporte de valores, vigilantes patrimoniais, trabalhadores do comércio, oficiais de Justiça, conselheiros tutelares, motoristas de aplicativos, moto-taxistas, taxistas, colaboradores de cartórios extrajudiciais, notários e registradores nas prioridades da vacinação contra a pelos municípios.

De acordo com resolução da comissão, o quantitativo de 10% das vacinas pertencentes à Ceve (Coordenadoria Estadual de Vigilância Epidemiológica), destinado à perda operacional, poderá ser usado para imunização destes novos grupos.