Número de mortes por covid cresce entre mais jovens e já representa 35,8% do total em MS

Com idosos imunizados, frequência de óbitos aumenta nas demais faixas etárias

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O Programa Cidadania Viva será implementado de forma gradativa nos municípios de MS.
O Programa Cidadania Viva será implementado de forma gradativa nos municípios de MS.

“Números mostram que estamos perdendo vidas numa faixa etária mais jovem”, declarou o secretário de saúde de Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende, na manhã desta segunda-feira (21). A declaração exemplifica o momento da pandemia que o Estado vive – com jovens cada vez mais vitimados pelo novo coronavírus – e revela o poder que a vacinação tem para conter a pandemia.

Alguns números ajudam a compreender melhor o que está ocorrendo: em janeiro, quando foi iniciada a campanha de vacinação, os óbitos entre pessoas abaixo dos 60 anos representava 24,5% das mortes por covid em MS. Em junho, 5 meses depois, com a imunização do público idoso, o percentual de óbitos entre os mais jovens cresceu e já representa 35,8% das vidas perdidas pelo coronavírus.

A faixa etária que mais sofreu com o avanço da doença e o surgimento de novas variantes foi o de pessoas entre 50 e 59 anos. Em janeiro, esse público representava apenas 14,5%, ou seja, 391 das 2.686 mortes registradas na época. Atualmente, esse grupo ultrapassou as mortes de idosos acima de 80 anos e é o 3º com mais mortes. São 1.461 óbitos, que representam 18,7% das 7.826 mortes.


Secretário de Saúde, Geraldo Resende, comentou sobre mortes de mais jovens durante apresentação do boletim da covid

Outro grupo que viu o índice de mortalidade disparar foi o de pessoas entre 40 e 49 anos, que cresceu quase 4 vezes, saltando de 177 em janeiro (quando representava 6,5% dos óbitos) para 842 em junho – e já representa 10,8%) do total.

Para os jovens de 30 a 39 anos, o crescimento de mortes em 5 meses foi superior a 4 vezes o registrado em janeiro, quando MS havia registrado 70 óbitos e representava apenas 2,6% das vidas perdidas. O número saltou para 384 mortes em junho, ou seja, 4,9% dos 7.826 óbitos.

Mortes x vacinação

Conforme o próprio secretário de saúde, o principal motivo para esses dados foi a imunização dos idosos, que entre março e abril completaram o ciclo de vacinação.

Dessa forma, a redução de mortes entre as pessoas acima de 60 anos pode ser percebida pelos boletins oficiais da SES (Secretaria Estadual de Saúde). Em janeiro, por exemplo, a maior parte das mortes havia sido registrada no público acima de 80 anos – 26%. Como eles foram os primeiros a serem imunizados, o percentual caiu para 17,6% em junho e passaram do 1º grupo com mais vítimas para o 4º.


Idosos foram os primeiros a serem vacinados contra covid – Foto: Midiamax

A população de 70 a 79 anos, que recebeu a vacina logo em seguida também teve queda no percentual de mortes, passando de 25,5% em janeiro para 22,7% em junho.

Já, as pessoas com 60 anos ou mais, que ainda estão recebendo a 2ª dose, continuam representando 24% do total de mortes.

Expectativa

Titular da SES-MS, Geraldo Resende, declarou que MS deve ser o 1º estado do país a concluir a vacinação nas pessoas acima de 18 anos, que deve acontecer no início de agosto. Dessa forma, o avanço da vacinação deve ajudar a diminuir o número de casos e de mortes nas próximas semanas. 

Até o dia 21 de junho, já haviam sido 1.071.210 de pessoas que receberam ao menos uma dose da vacina contra covid. Dessas, mais de 396 mil já estão imunizadas, ou seja, já tomaram a dose de reforço do imunizante.

A maioria dos municípios já concluiu os grupos prioritários e vacinam público adulto em geral. Dois deles, Jaraguari e Japorã já abriram a aplicação de doses para pessoas a partir de 18 anos.

 

 

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