O aumento de casos de Covid-19 e falta de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em hospitais de Mato Grosso do Sul levam familiares de pacientes internados em UPAs (Unidades de Pronto Atendimento Comunitário) de ao desespero, no aguardo de transferências para leitos especializados. No entanto, sem vagas, os pacientes são intubados nas UPAs mesmo.

Na expectativa de que tenham melhor assistência, parentes fazem pedidos desesperados por leitos nos hospitais. É o caso de Walquiria Brites Fialho, que conta que mãe Sebastiana Brites Fialho, de 73 anos, já completa 6 dias na UPA Nova Bahia na expectativa de encaminhado. A idosa apresentou sintomas da doença no dia 5 deste mês, e após 10 dias piorou o quadro sendo necessária a na última quinta-feira (25).

“Ela apresentou sintomas da gripe, no dia 15, piorou e foi diagnosticava com só no dia 18. Ela está na UPA sem intubação, só no oxigênio e já estamos angustiados com a demora, ela precisa urgentemente de um leito hospitalar”, apela a filha.

Também há quase uma semana, família de um homem de 48 anos, internado por Covid-19, reclama da demora para transferência do paciente que está na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino há 6 dias.

Segundo a cunhada, que preferiu não se identificar, o rapaz apresentou sintomas e foi diagnosticado com a doença. Ele piorou e precisou ser internado e entubado na própria unidade de saúde. “Ele precisa ser transferido ou não vai resistir”, disse.

Sem vagas em hospital da cidade devido a lotação em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que o paciente segue em processo de regulação. “Cabe esclarecer que o paciente está recebendo toda a assistência possível na unidade de saúde, sendo acompanhado pela equipe de médicos e enfermeiros enquanto aguarda a liberação de um leito”, comunica, em nota.

Sem vagas

Com pouco oxigênio para os pacientes já internados e referência do SUS para tratamento de pacientes com covid em Mato Grosso do Sul, o HRMS ( de Mato Grosso do Sul) terá reunião do gabinete de crise da unidade para avaliar a medida de não receber pacientes com covid que precisem de ventilação mecânica por 12h, desde a noite de segunda-feira (29).

Portanto, conforme a assessoria do hospital, às 9h, os integrantes do comitê emergencial da covid se reúnem para definir se o período de 12h será o suficiente para dar um “fôlego” ao hospital, que está no limite do uso de oxigênio aos pacientes intubados.