Depois de passar pelo pico da pandemia e colapso na saúde pública em junho, a vacinação avançou e os casos de coronavírus estabilizaram em Mato Grosso do Sul. Nesta quinta-feira (29), o Estado registrou a média de 18,9 óbitos diários. Esta é a menor média móvel em MS em muito tempo: a última vez que o Estado teve uma média móvel de mortes abaixo de 20 foi no dia 8 de março, há quase cinco meses. 

A média de mortes por covid tem apresentado queda no último mês. No dia 9 de julho, o Estado tinha uma média de 30,1 óbitos por dia. Já no dia 17 de julho, a média caiu para 21 mortes diárias. Nesta quinta (29), o Estado chega à média de 18,9 mortes por dia. O recorde foi registrado no dia 10 de abril, quando MS chegou a uma média de 56,7 mortos por coronavírus por dia.

O avanço da vacinação foi importante para garantir menos infectados e, consequentemente, menos internações e mortes. A média de casos também apresenta queda em Mato Grosso do Sul: nesta quinta (29), é de 587 casos diários. O recorde histórico foi registrado no dia 3 de junho, com 2.003 casos de coronavírus. 

Apesar do avanço da campanha, ainda não é hora de relaxar com os cuidados. O Estado prevê que 80% da população adulta deve ser vacinada com, pelo menos, uma dose até o fim de agosto. Além disso, a  começa a cercar MS e já está presente nos estados vizinhos, como Goiás, São Paulo e Paraná. A SES (Secretaria de Estado de Saúde) demonstrou preocupação com aumento de casos nas cidades que fazem divisa com outros estados. 

O Estado tem apresentado melhora nos indicativos da pandemia, mas o cenário pode mudar completamente com a chegada da variante delta. Em entrevista ao Jornal Midiamax, o médico infectologista e pesquisador da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Julio Croda, disse que há  preocupação com a variante delta. A variante é, pelo menos, 2 vezes mais transmissível do que a P1 (Gama) e, consequentemente, mais letal.