Diante do aumento no preço da e a consequente redução na renda, motoristas por aplicativo decidiram fazer uma paralisação nesta quarta-feira (17) em . Os manifestantes se reuniram na entrada do Parque dos Poderes e seguem para a Governadoria, onde farão um buzinaço para pressionar a redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços).

Cerca de 500 motoristas se reuniram no Parque dos Poderes nesta quarta-feira (17). Enquanto isso, a Governadoria foi cercada com grades e conta com a presença de dezenas de policiais militares. Um dos organizadores da manifestação, Alfredo Orlando explica que a paralisação foi motivada pelo alto preço do combustível. 

“Impacta diretamente no lucro do motorista, que caiu demais. Além disso, também é um protesto contra as próprias empresas de aplicativo, que não fazem um reajuste da tarifa há cinco anos. A gasolina sobe, o custo sobe, mas a tarifa continua a mesma”, explica. 

Para acompanhar o protesto dos motoristas, há três motos e quatro carros da . Os motoristas devem passar pela Governadoria, onde fazem um buzinaço de cinco minutos. Em seguida, eles seguem para a Câmara Municipal de Campo Grande, onde também farão o buzinaço. O mesmo procedimento será feito em frente à Prefeitura da Capital e, por fim, os motoristas finalizam a no Aeroporto de Campo Grande. 

Apesar da mobilização de diversos motoristas, nem todos aderiram à paralisação. “Infelizmente tem aqueles que não aderem, não apoiam”, diz Alfredo. Para que os passageiros tenham ideia do quanto os motoristas ganham com as corridas, ele explica que as tarifas são muito baixas. No aplicativo 99, ele afirma que a tarifa é de R$ 0,33 por km. Já no Uber, o valor é de R$ 0,25 por km. No caso dos planos 99 Poupa e Uber Promo, os valores são ainda mais baixos.

Arrecadação de ICMS no Estado

Uma das alternativas para motoristas de aplicativo continuarem trabalhando é a adesão do etanol nas bombas. Porém, se o Governo do Estado cooperasse com os trabalhadores, os impostos sob a gasolina aliviaria o bolso dos motoristas. “As refinarias não ajudam e o Estado muito menos. O nosso estado cobra uma das taxas [ICMS] mais caras do Brasil na gasolina”, disse Paulo Pinheiro, presidente a Applic-MS (Associação de Parceiros de Aplicativos de Transporte de Passageiros e Motorista Autônomo de Mato Grosso do Sul).

Em reportagem publicada no dia 22 de fevereiro pelo Midiamax mostrou que, somente em janeiro, o governo de Mato Grosso do Sul arrecadou R$ 266,8 milhões em ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre a venda de gasolina e outros combustíveis nos postos. O valor supera o levantado por São Paulo, Minas Gerais e outros 13 estados no mesmo período.