Mortes e internações de pacientes com mais de 90 anos quase zeraram em Campo Grande
A morte e internação de pessoas com mais de 90 anos em decorrência da covid praticamente zerou em Campo grande, conforme avaliação feita pelo titular da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), José Mauro Filho, nesta segunda-feira (22). A afirmação foi feita durante transmissão ao vivo que anunciou mutirão de vacinação e abertura do Ginásio Guanandizão […]
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A morte e internação de pessoas com mais de 90 anos em decorrência da covid praticamente zerou em Campo grande, conforme avaliação feita pelo titular da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), José Mauro Filho, nesta segunda-feira (22).
A afirmação foi feita durante transmissão ao vivo que anunciou mutirão de vacinação e abertura do Ginásio Guanandizão como mais um polo de imunização na capital. Durante a live, José Mauro defendeu que a imunização é responsável pelos indicadores positivos.
“Internados e óbitos praticamente zeraram acima de 90 anos. A Sesau acredita que esse resultado é por causa da vacina”, detalhou, reforçando que o mesmo resultado é observado em outras cidades brasileiras. “A questão é vacinar”, completou.
Ao longo da semana, que terá restrição de funcionamento do comércio, na chamada semana “fecha tudo”, a atividade nos postos de saúde será exclusiva para vacinação. Ao todo, são 32 unidades que farão a imunização de pessoas entre 73 e 67 anos, conforme calendário específico para cada faixa etária.
Mutirão
Diante da possibilidade de superlotação, José Mauro destacou que, a partir de quarta-feira (24), o Ginásio Guanandizão também terá sua estrutura destinada à para vacinação de pacientes contemplados no calendário, respeitando o dia específico. O secretário também anunciou que parcerias fechadas com planos de saúde também deverão aumentar o locais de vacinação.
A estratégia é utilizar a logística dos planos que queiram participar da imunização. Até o momento, a Sesau já fechou acordo com a Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul) e com a Fusex (Fundo de Saúde do Exército).
“Eles vão oferecer toda a estrutura para que vacinem o público que tem plano de saúde e assim a gente tira um pouco de gente dos postos de saúde. Os planos vão oferecer toda a estrutura, como agulhas e insumos. É uma força-tarefa”, destacou.
Apelo ao “fique em casa”
A transmissão ao vivo ocorreu no primeiro dia da semana “fecha tudo” em Campo Grande, até o próximo domingo (28), na qual somente serviços essenciais podem funcionar, com toque de recolher das 20h às 5h do dia seguinte. Marquinhos justificou a estratégia com base no planejamento técnico e científico adotado e com a superlotação dos leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva) na cidade.
“Chegamos a um número preocupante de ocupação de leitos. Campo Grande hoje possui 317 leitos de UTI, dos quais, 314 estão ocupados. O número que aproxima-se a 100% e quando esse número chega bem próximo do limite, faz-se tomada de decisões, que são amargas, todavia, necessárias (…). Por favor, campo-grandense, ajude esse grupo técnico, porque pode chegar o momento de você precisar de um leito e nós não termos mais”, declarou Marquinhos.
O prefeito também destacou que houve um incremento no número desses leitos, que antes da pandemia somavam 116, mas que foram ampliados para 317. “Não há mais espaços para aumentar essa estrutura e, ainda se houvesse, não há mais estrutura humana”, disse Marquinhos, sobre a falta de intensivistas. “Também começam a faltar insumos de sedação, no planeta. Está em contagem regressiva para aqueles que estão no leito ou indo para uma UTI”, alertou.
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