Incentivados pela vacinação, flexibilização das leis e também com a adoção de medidas de biossegurança em relação à pandemia, os douradenses ficaram mais animados a formalizarem uniões matrimoniais. É o que mostra um levantamento nos cartórios da cidade, que registraram aumento de 1% dos casamentos nos últimos 10 meses.

A tendência de alta começou a ser verificada em maio, quando os números de 2021 ultrapassaram os de 2020. Naquele mês, totalizaram-se 88 casamentos, enquanto em 2020, quando se iniciou a pandemia no país, os números foram fechados em 72. Já o maior crescimento percentual se deu em agosto, quando os casamentos aumentaram 203,6%.

Mesmo diante da diminuição dos casos no Brasil, os protocolos de segurança sanitária para as celebrações seguem mantidos nos cartórios, como o limite de pessoas na cerimônia, o distanciamento, a exigência de máscara e distribuição de álcool em gel, medidas que também fazem com que os noivos se sintam mais seguros para retomar os planos adiados por causa da pandemia.

Até o momento, segundo informações da Arpen (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Brasil), foram realizadas 941 celebrações civis, frente a 930 matrimônios realizados no ano passado. “Durante toda a pandemia da Covid-19, os Cartórios, por serem serviços essenciais, continuaram trabalhando sem parar”, diz o presidente da entidade, Marcus Roza.

Na avaliação da Arpen, esta retomada acontece às vésperas de dezembro, tradicionalmente o mês onde é realizado o maior número de casamentos no Brasil, uma vez que coincide com as férias coletivas de trabalhadores, férias escolares das crianças, assim como o recebimento do décimo terceiro salário, sendo o período ideal para as cerimônias e viagens de lua de mel.

Entretanto, segundo dos dados da entidade, entre os casamentos homoafetivos não aconteceu a mesma retomada. No total, em 2021, foram realizadas somente duas celebrações entre pessoas do mesmo sexo, enquanto nos primeiros dez meses de 2020 este número foi de 7, uma queda de 71,43%.