Mesmo com dois meses de estiagem, governo de MS descarta racionar distribuição de água
Estado tem plano emergencial caso a crise se amplie
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A crise hídrica que atinge boa parte do país pode não chegar a Mato Grosso do Sul, ao menos não tão cedo, apesar dos dois meses sem chuvas no estado. Durante agenda na manhã desta quarta-feira (25), o governador Reinaldo Azambuja descartou necessidade de racionalização de água por enquanto.
Em entrevista, o chefe do Executivo Estadual afirmou que desde o ano passando a Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul) tem adotado medidas preventivas por meio da perfuração de poços e ampliação das capacidades de captação e reserva. “Nós não estamos como alguns estados”, disse.
A fala do governador refere-se ao caso de Curitiba (PR), que precisou de racionamento e deixou os moradores sem água por 36 horas. Em contrapartida, Reinaldo disse que se a situação piorar por aqui, já existe um plano emergencial para abastecer cidades e reservatórios. Além disso, conta com o retorno breve das chuvas.
“Isso não chegou a MS. Espero que a chuva retome nos próximos meses. Se necessário for, nos 68 [municípios] onde estão sob concessão da Sanesul, temos plano emergencial para poder, se tiver falta de água, abastecer as cidades e reservatórios. Mas não está sendo necessário racionamento em MS”, assegurou.
Conforme já noticiado pelo Midiamax, após mais de 2 meses de estiagem, poderá ter grande acumulado de chuva a partir de quinta-feira (23), conforme previsão do Cemtec-MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima). A área que deve receber mais chuva é a centro-sul, principalmente a sul.
Apesar de não implicar diretamente na escassez de água, a crise pode sim chegar a Mato Grosso do Sul de forma indireta, uma vez que implica nas regulações do consumo de energia elétrica. Na segunda-feira (23), o Ministério de Minas e Energia publicou uma portaria estabelecendo, de forma voluntária, diretrizes para redução do consumo de luz.
As medidas permitem que o setor industrial participe e dê importante contribuição para a garantia da segurança do fornecimento de energia elétrica, nesse momento em que a escassez hídrica impõe grandes desafios para o atendimento da demanda de energia elétrica no País. O objetivo é viabilizar alternativa que contribua para o aumento da confiabilidade, segurança e continuidade do atendimento eletroenergético aos consumidores.
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