O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), informou na manhã desta quinta-feira (19) que o município irá seguir a recomendação do Ministério da Saúde em aplicar 3ª dose da vacina contra covid em idosos e profissionais de saúde antes de concluir a imunização de adolescentes.

“A gente sempre obedeceu às ordens do Ministério da Saúde. Ainda que a gente discorde, eu acho que antes de se aplicar a terceira dose tinha que ter todos aqueles que estão aptos, receberem pelo menos a primeira. Mas já que eles decidiram assim, nós vamos atender”, disse.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou, na quarta-feira (18), a decisão de aplicar a 3ª dose em idosos e profissionais da saúde, inicialmente, sem informar uma previsão de quando esse reforço vacinal deve começar.

Ainda na quarta-feira, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) formou maioria para negar o uso da vacina Coronavac contra a Covid-19 em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos. 

A decisão considerou que o perfil de segurança da vacina na população pediátrica não foi suficientemente demonstrado pelo Instituto Butantan nos dados enviados à Anvisa. A agência também apontou dificuldade de determinar a eficácia da vacina para crianças.

MS defende 3ª dose para idosos

Caso seja aprovada pelo Ministério da Saúde, a aplicação da 3ª dose da vacina em idosos deve se tornar prioridade na campanha de imunização contra o coronavírus em Mato Grosso do Sul. A SES (Secretaria de Estado de Saúde) realizou um estudo sobre o aumento de mortes em idosos e tem defendido a dose de reforço neste público. Como o Estado iniciou a vacinação dos adolescentes no último fim de semana, a Saúde de MS entende que os idosos devem ser priorizados.

O secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, defendeu que a aplicação da 3ª dose nos idosos é mais importante no momento. “É muito mais importante, baseado na opinião de especialistas, a gente fazer a terceira dose do que fazer a vacinação em crianças e adolescentes que, de fato, têm uma capacidade maior de enfrentamento da doença. É melhor preservar a vida dos nossos idosos e que possamos fazer no futuro, completar a vacinação de adolescentes e avançar nas crianças de até três anos de idade”.