Há dois anos, mãe e filho paranaenses vivem um drama após a venda de uma moto aqui em Campo Grande. Por conta de um acidente de trânsito, o veículo foi vendido a um homem, que desapareceu após pagar o valor de entrada, sem assinar recibo ou efetivar a transferência da moto para o seu nome. Agora, a família recebe constantemente multas de trânsito e oferece recompensa em dinheiro para quem encontrar o infrator.

No de 2018, o filho de Silvana Pereira dos Santos, costureira de 43 anos, estava na Capital sul-mato-grossense quando sofreu um grave acidente de trânsito. Gabriel da Silva, com então 19 anos, pilotava a moto mesmo sem possuir habilitação e por conta do acidente, precisou ser internado na Santa Casa da Capital para cirurgia de emergência. Ele perdeu um rim e fraturou um braço.

Venda incompleta

No dia seguinte, em 26 de dezembro, a mãe de Gabriel, Silvana, saiu de Roncador, município paranaense a 430 quilômetros da capital Curitiba. A costureira chegou em Campo Grande para cuidar do filho e em um ato de desespero para custear os remédios e a alimentação, anunciou a moto do filho em grupos de venda por R$ 1.300. “Postamos que estávamos vendendo a moto, porque precisávamos de dinheiro”, relata Silvana.

Foi então que um homem a procurou, interessado em adquirir o bem. Na angústia de receber alguma quantia para ajudar o filho, Silvana aceitou a proposta que o comprador fez. “Ele me deu R$ 900 e ficou de voltar para assinar o recibo e pegar os R$ 400 restantes. A única coisa que ele deixou de garantia foi que eu tirasse foto de um documento de um moto que estava com ele”, conta Silvana, que afirma duvidar se o nome no documento da moto é o verdadeiro do comprador.

A ideia cujo objetivo era solucionar os problemas financeiros da família, tornou-se uma grande dor de cabeça. Além de não retornar para assinar o recibo e formalizar a compra da moto, o homem desapareceu sem mais informações. “Ele me disse ‘Pode confiar em mim, eu vou levar a moto para arrumar e aí eu volto para assinar o recibo' e ele sumiu”, lamenta a costureira.

Infrações

Em fevereiro de 2019, mãe e filho retornaram para Roncador (PR). Como se a ausência do restante do pagamento da moto e a informalidade da venda fossem pouco, a família começou a receber diversas multas por excesso de velocidade do veículo em questão.

“O que a gente já contou são mais de seis multas, tudo por excesso de velocidade. Está tudo ali entre a Gury Marques, perto do shopping, na Ceará próximo ao viaduto, Guaicurus”, cita Silvana, que está desesperada para resolver a situação.

Em uma foto anexada à multa, é possível verificar que condutor usa colete de vigilante noturno. Foto: Reprodução/FalaPovo

 

Os valores das penalidades variam entre R$ 104 e R$ 130. A família até o momento não pagou nenhum das multas. “Fica muito caro para poder montar um processo para ver se consegue apreender ela e para nós fica caro se deslocar até aí [Campo Grande] também”, afirma a costureira.

Recuperado do acidente, Gabriel agora trabalha na produção de uma fábrica de alimentos e espera resolver a situação para entrar com um processo de habilitação. Sua mãe tenta ajudar o filho e se sente culpada pelo ocorrido. “Eu me sinto culpada, porque fui eu que vendi”, desabafa. “Ontem chegou mais duas multas de novo”, conta a senhora.

Recompensa

Em uma tentativa de solucionar o problema, a família oferece uma recompensa de R$ 500 para quem der informações concretas do paradeiro da moto, modelo Honda/CG 125 FAN, placa APF 8018. “Preciso muito encontrar essa moto”, completa Silvana. Para quem tiver informações, entrar em contato pelos telefones (67) 99292-3407 ou (44) 99738-6718.

Fala Povo – o WhatsApp do Jornal Midiamax

As imagens foram enviadas ao Fala Povo, o do Jornal Midiamax, no número (67) 99207-4330. O canal de comunicação serve para os leitores falarem com os jornalistas. Flagrantes inusitados, denúncias, reclamações e sugestões podem ser enviados com total sigilo garantido pela lei.