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Cotidiano

Estudo sobre volta às aulas na Capital questiona medidas de segurança nas escolas

Artigo revela que ainda há muitas invariáveis sobre a contaminação em ambientes escolares
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Com o retorno presencial das aulas na rede municipal programado para a próxima semana em , ainda existem preocupações que surgem em meio à continuidade dos casos de Covid-19 na Capital. Uma delas é sobre os cuidados que as escolas terão ao receber os alunos.

Um artigo publicado pelo Instituto Tekoá, na última sexta-feira (16), apresenta dados que questionam divulgações de informações que levam a crer que o desempenho da vacinação em Campo Grande, por exemplo, é o suficiente para retomar as aulas na cidade.

Em determinado momento, o estudo chega a defender que há uma interpretação equivocada quanto à cobertura de vacinação da população. Segundo o texto, a proteção plena das pessoas só é efetivada quando são considerados o prazo de resposta imune da vacina e a eficácia absoluta da mesma, o que varia para cada marca.

Em entrevista ao Jornal Midiamax, o diretor de pesquisa do Instituto Tekoá, Eros Frederico, afirma que ainda existem variáveis que não conhecemos e que impactam no processo de contágio pelo novo coronavírus. De acordo com o diretor, é preciso atentar-se a vários fatores nas decisões políticas e de bloqueio de transmissão.

“Os maiores riscos são os que atualmente desconhecemos. Não testamos o público escolar, o que não nos permite saber a real capacidade de transmissão nesse ambiente. Não sequenciamos de maneira adequada. O aumento de circulação viral possivelmente pode gerar novas variantes. Não apenas para a reabertura das escolas, o surgimento e seleção de novas variantes deveria ser uma preocupação fundamental”, destacou Frederico.

Eros comentou também que as escolas públicas, em especial, as do município, têm baixa de espaço, de acordo com o censo escolar. Isso suscita dúvidas quanto à capacidade da infraestrutura escolar para suprir as demandas trazidas pelos protocolos sanitários.

Numa mensagem para os pais de alunos, o diretor da pesquisa disse que a intenção não é inviabilizar o retorno das atividades presenciais nas escolas, mas sim, questionar sobre a eficácia das medidas adotadas pelo município de Campo Grande em referência à prevenção do contágio.

“O que o relatório mostra é a importância de se tomar medidas sanitárias e sociais para a abertura das escolas. Nós constatamos que não há testagem suficiente na população em idade escolar na cidade. Então, nossa sugestão é a de solicitar transparência do poder público e, ainda, acompanhar o cumprimento de todos os protocolos sanitários pelas escolas de modo a impedir novas linhas de transmissão”, concluiu.

Volta às aulas no município

Na semana passada, a Prefeitura de Campo Grande divulgou decreto que autoriza o retorno das aulas presenciais nas escolas da Reme (Rede Municipal de Educação). A decisão do executivo estabelece que as escolas deverão fazer escalonamento semanal dos alunos, com atendimento presencial e não presencial, conforme normas já vigentes, etapa de ensino, turma e turno, ‘observando o limite máximo de alunos estabelecido nos protocolos sanitários específicos para a área da educação’.

Quando os estudantes não estiverem nas instituições de ensino, as escolas terão de trabalhar com atividades para que eles façam em casa, para complemento da carga horária obrigatória do aluno. 

De acordo com o texto, pais e responsáveis legais dos alunos deverão manifestar, por escrito, em termo padrão elaborado pela Reme, sobre o retorno ou não às aulas presenciais, ‘com ciência das obrigações inerentes a uma ou à outra situação’. 

Normas para retomada segura

A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) anunciou que possui diretrizes que auxiliam instituições de ensino a tomarem medidas para cuidado e segurança dos alunos durante a volta às aulas.

Os tópicos fazem parte da Prática Recomendada PR 1004, que indica procedimentos de atenção desde a saída do aluno de casa, até seu retorno.

As sugestões contemplam a adoção de horários diferenciados das atividades de aula, intervalos, refeição, atividades esportivas, utilização de máscaras de proteção com monitoramento do tempo de uso, bem como, a divisão de alunos em bolhas com no máximo 15 membros.

Ainda de acordo com a associação, os estabelecimentos de ensino poderão solicitar um selo de confiança, que ajudará a instituição a atestar aos pais e responsáveis pelos alunos o quanto está comprometida e preparada para este retorno seguro.

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