Levantamento da PeNSE 2019 (Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar) mostrou um dado agravante sobre a saúde dos alunos de Mato Grosso do Sul: a exposição precoce às bebidas alcoólicas. Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

De acordo com a apuração da pesquisa, 39,9% dos escolares sul-mato-grossenses de 13 a 17 anos haviam tomado a primeira dose de bebida
alcoólica com menos de 14 anos. Sendo que para as meninas esse indicador é ainda maior (42,7%) do que para os meninos (37%).

Em Campo Grande, 41,7% dos jovens de 13 a 17 anos haviam tomado a primeira dose de bebida alcoólica com menos de 14 anos. Destes, 45,8% eram meninas e 37,5% meninos.

Quinto maior percentual do país

Em MS, a experimentação de bebidas alcoólicas foi de 68,7% para os escolares de 13 a 17 anos, sendo o 5º maior percentual do país. Em Campo Grande, o percentual foi de 69% e, no Brasil, o índice é de 63,3%.

Conforme a pesquisa, a experimentação do álcool foi maior entre as meninas, que apresentaram um percentual de 73%, enquanto nos meninos esse percentual foi de 64,2%. 

Quanto à ocorrência de embriaguez no Estado, 51% dos estudantes dessa faixa etária de 13 a 17 anos que já beberam ficaram bêbados pelo menos uma vez. A frequência desse indicador foi maior para nas escolas públicas (51,7%) em comparação com os da rede privada (44,9%).

Avaliando o percentual de escolares de 13 a 17 anos que tiveram problemas com família ou amigos, perderam aulas ou brigaram, uma ou mais vezes, porque tinham bebido, 15,8% responderam que sim. Esse percentual foi maior entre as meninas (18%) do que entre os meninos (13,3%).

Como conseguiram a bebida?

Em MS, entre os alunos de 13 a 17 anos que consumiram bebidas alcoólicas pelo menos um dia nos 30 dias anteriores à pesquisa, o modo mais frequente de como conseguiram a bebida foi em uma festa (28,1%), seguido pela compra no mercado (na loja, mercado, bar, botequim ou padaria) que foi de 26,2%, com amigos (15,9%) e em casa, com alguém da família (12,2%).

Conseguiu de outro modo (7,8%), pediu para alguém comprar (5%), pegou escondido em casa (3%) ou comprou de um vendedor de rua (0,9%), foram as demais modalidades apresentadas pela pesquisa.

Consumo de drogas

A pesquisa também investigou o uso de drogas ilícitas tais como: maconha, cocaína, crack, cola, loló, lança-perfume, ecstasy, oxy etc. Em Mato Grosso do Sul, 14,4% alunos de 13 a 17 anos consumiram drogas em algum momento da vida. Na Capital, esse índice é de 18,3%.

A pesquisa mostrou uma maior exposição dos alunos da rede pública (14,9%) do que os da rede privada (10,6%) às drogas. Quanto à Campo Grande, os valores observados para os estudantes da rede pública (19,7%) foram maiores que os observados entre os alunos da rede privada (11,1%).