Em MS, 150 mil se recusam a tomar vacina e municípios temem novas variantes e prejuízos à economia

Conselho de secretários do Estado se posicionou a favor da discussão sobre o passaporte da vacina

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Recusa em tomar vacina
Recusa em tomar vacina

Mato Grosso do Sul lidera o ranking nacional de vacinação contra covid e conquistou, recentemente, a imunidade coletiva — quando mais de 70% da população está imunizada. Mesmo assim, mais de 150 mil pessoas se recusaram a tomar uma dose da vacina no Estado, segundo o Cosems (Conselho de Secretários Municipais de Saúde de MS).

Esse comportamento preocupa os municípios, que veem risco do surgimento de novas variantes e prejuízos à economia. “Temos que buscar alternativas em construção que permita que essa realidade se estenda e não volte a realidade que passamos o ano todo. A vacina se mostrou eficaz, para que tenhamos menos agravos, menos casos, menos internações e menos óbitos”, pontuou o presidente do Cosems, Rogério Leite, secretário municipal de saúde de Corumbá.

Na visão da entidade, é necessário debater medidas que possam garantir a segurança da sociedade como o passaporte de vacinação em MS. “Precisamos rediscutir essa nova realidade, seja com vacina 100% ou passaporte [de vacinação], mas que envolva todos para segurança e continue esse caminho, permitindo o trabalho e lazer com segurança a todos”, concluiu Leite.

Em agenda na manhã de terça-feira (28), o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) informou que MS não levará para debate, em nível estadual, o passaporte da vacina. O anúncio ocorreu um dia depois do secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, anunciar que um projeto sobre o tema seria encaminhado para debate na Alems (Assembleia Legislativa de MS).


Presidente do Cosems, Rogério Leite – Imagem: Reprodução

“Isso não existe nas prioridades do governo. Quem determina qualquer ação é o Prosseguir, que não validou ainda essa discussão”, declarou Reinaldo, completando que o assunto era opinião isolada do secretário de saúde, “que não tem apoio do Prosseguir [Programa de Saúde e Segurança da Economia]”, finalizou. 

Os detalhes técnicos que levaram à decisão de não implantar o passaporte da vacina antes mesmo de levar o tema para debate serão informadas em coletiva de imprensa do Prosseguir na manhã desta quarta-feira.

Passaporte em Campo Grande

Em Campo Grande, a decisão sobre a implantação de um passaporte de vacina contra covid passou por audiência pública na segunda-feira, que foi encerrada antes do previsto por conta de confusão generalizada.

Na terça-feira, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) disse que ainda deve consultar a população para saber a opinião dos campo-grandenses a respeito da iniciativa. 

A ideia é que os consumidores apresentem o comprovante da vacinação para conseguir entrar nos estabelecimentos. Com toda a polêmica em torno da iniciativa, Marquinhos não tomou partido e disse que aguarda para saber se o projeto será aprovado. “Estamos aguardando a decisão dos projetos de lei para analisar a implementação. Eu vou esperar a decisão da Câmara Municipal, consultar o grupo técnico e ouvir a população, para tomarmos a decisão”, pontuou o prefeito.

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