O infectologista da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) Julio Croda, publicou em seu perfil no Facebook uma crítica a um protesto marcado para essa sexta-feira (12) em , contra o decreto que prevê série de restrições contra a Covid-19 como ampliação do toque de recolher e limitações de funcionamento de atividades não essenciais aos fins de semana em MS.

Repetiremos com o mesmo roteiro. As mortes por serão normalizadas. A culpa não é do gestor que não abriu leitos infinitos de UTI. A culpa é da sociedade que sabe que não tem leitos nem no setor privado e continua negando a gravidade da situação”, exclama o especialista.

O aviso conclamando a população a participar do movimento “Trabalho essencial é aquele que coloca pão na mesa de cada um” não informa quem está organizando. Limita-se a marcar que às 14h, as pessoas compareçam à frente da Prefeitura de Campo Grande para protestar contra um decreto estadual, publicado na quarta-feira (10) pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

“Os responsáveis por organizar a manifestação deveriam responder por crime contra a saúde pública. Quem está financiando esse tipo de evento? Porque não deixa claro isso no informe?”, questiona Croda.

'Crime contra a Saúde', critica infectologista de MS sobre movimento #decretonão

Fique em casa é a melhor forma de se proteger

Enquanto a ção caminha a ritmo lento, a melhor forma de se proteger contra o coronavírus, ainda mais com a nova variante já circulando em Mato Grosso do Sul, é adotar o isolamento social e seguir todas as recomendações de biossegurança, segundo especialistas ouvidos pelo Jornal Midiamax.

A infectologista e integrante do COE (Comitê de Operações de Emergência) da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Mariana Croda, ressalta que a medida mais eficaz para evitar a infecção neste momento do pico da pandemia é evitar o contato próximo com outras pessoas. “E se puder, evite sair ao máximo. Grupos de risco devem estar isolados e com mínimo de circulação”.

O médico infectologista Hilton Alves Filho explica que “o grande problemas são os velhos hábitos”. Ele comenta que as pessoas abandonam muito facilmente o uso das máscaras, negligenciam a higienização das mãos e o uso do álcool em gel.

O infectologista Rodrigo Nascimento defende que diante da sobrecarga no sistema de saúde, medidas restritivas são importantes, mas a disciplina individual não deve ser esquecida. “Evitar contato interpessoal e aglomerações. A gente pode estar vivenciando a transmissão de uma nova variante, a responsabilidade individual conta muito neste momento”.