Na última semana, a situação da pandemia chamou a atenção com a internação de pacientes nas UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) de . Como faltavam nos hospitais, os pacientes tiveram que ficar nas unidades e foram até providenciados geradores de oxigênio. Porém, as voltaram a aumentar na Capital, o que pode ter desocupado leitos e desafogado as UPAs. 

A reportagem esteve em duas das principais UPAs de Campo Grande: Coronel Antonino e Leblon. Sem se identificarem, profissionais das unidades contam que a situação estava crítica, mas que acabaram surgindo vagas nos hospitais, quando pacientes puderam ser transferidos. 

“Houve uma alta no fluxo de internações na última sexta-feira. No fim de semana, deu uma acalmada, não está mais tão cheia a unidade”, comentou um funcionário da UPA Leblon.

Na , o fluxo também estava tranquilo na manhã desta segunda-feira (15). Um acompanhante de pacientes conta que o atendimento e a internação foi rápida. Ele está acompanhando um paciente de Covid-19 e explica que assim que ele chegou, já foi internado para aguardar uma vaga em hospital. “Só não podemos ficar perto, ficamos aqui na área externa para aguardar. Agora estou vendo se tem uma vaga em um hospital particular, para transferir”, contou.

Uma outra acompanhante também esperava na recepção da UPA. Ela explica que o atendimento foi rápido e não houve qualquer obstáculo para internação na unidade. “Foi atendida e logo em seguida internada. Agora é esperar a transferência”.

Uma das possíveis explicações para o desafogamento das UPAs é a morte dos pacientes que estavam internados nos hospitais, o que acaba liberando leitos. No domingo (15), Mato Grosso do Sul registrou 30 novas mortes por coronavírus, foi um dos dias com mais óbitos registrados em 2021. 

Dados do boletim epidemiológico da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) apontam que foram registradas 21 novas mortes em Campo Grande no fim de semana. Foram 13 mortes registradas no sábado (13) e oito óbitos registrados no boletim de domingo (14).