Em todo o Brasil, mesmo com o avanço da vacinação, voltar a comer fora de casa ainda tem sido evitado por uma parcela da população. Pesquisa nacional aponta que a maioria ainda tem evitado bares e restaurantes. Em Campo Grande, que possui grande parcela dos moradores adultos vacinados, a rotina de voltar a comer fora tem sido cada vez mais retomada por muita gente. 

De acordo com pesquisa realizada pela Galunion Consultoria, que ouviu mais de 1,1 mil pessoas das classes ABC, em todo o território nacional, mesmo com a queda da Covid-19 no Brasil, 44% das pessoas têm evitado comer em bares e restaurantes, outros 30% disseram que se sentem dispostos e 26% que não se sentem dispostos a sair de casa para se alimentar. 

Na Capital, os hábitos alimentares sofreram grandes mudanças no início da pandemia, impactando diretamente no faturamento de bares e restaurantes. Com o passar do tempo e o avanço da vacinação, o campo-grandense se viu mais à vontade para voltar à rotina da alimentação fora de casa.

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Guilherme Malta (Foto: Leonardo de França / Jornal Midiamax)

Na avenida Afonso Pena, o sócio-proprietário do restaurante Tempero do Chef, Yan Felipe, de 31 anos, afirma que tem seguido os protocolos de biossegurança à risca, mas sente um afrouxamento da população em relação às regras. “O prato feito sai a R$ 8,99 e atrai um número grande de pessoas. Às vezes, tem cliente que entra sem máscara. Nós pedimos pra ele fazer o favor de colocar, porque as pessoas se incomodam com isso. As regras não mudaram”, disse ele.

Cliente do restaurante, o consultor de vendas Guilherme Malta, de 37 anos, foi um dos que se sentiram mais seguros para voltar à rotina de comer fora de casa. “No começo da pandemia, eu ficava mais restritivo, ia pegar marmita ou encomendava por aplicativo e comia no escritório, todo mundo estava com medo. Hoje, já voltei a me alimentar de domingo a domingo fora de casa, a vacina e o número de casos caindo deram mais segurança”, disse ele.

Vacina deixa a população mais segura

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Gabriela dias (Foto: Leonardo de França / Jornal Midiamax)

Em uma lanchonete na rua 13 de Maio, a publicitária Gabriela Dias, de 38 anos, também se sentiu mais segura para comer fora de casa, mesmo não sendo uma prática rotineira. “Hoje estou comendo porque estou na rua, mas no começo não estava comendo fora, principalmente fast food. A vacina deu segurança pra comer e acreditar que as pessoas estão mais conscientes e se vacinando”, afirmou.

No início, o medo era tão grande que nem a fome intensa a fazia mudar de opinião. “Passava fome na rua, mas não comia, tinha medo de pegar comida infectada”, finalizou.

Na rua 15 de Novembro, o auxiliar de produção de uma chiparia sentiu a mudança de uma forma negativa com a falta de cumprimento dos protocolos de biossegurança por parte dos clientes. “Pessoal está mais de boa e tem gente que chega sem máscara. Tem o álcool em gel e a pia para lavar a mão, mas só os idosos usam. O jovem mesmo não liga muito”, disse Lucas Aguiar, de 23 anos.