Com média de 1,3 mil casos diários, maio já é o mês com mais infectados por covid em MS
Até então, dezembro era mês recordista com 34,7 mil casos
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Ainda faltam quatro dias para o fim do mês, mas maio já é o líder em casos de coronavírus registrados em Mato Grosso do Sul. Nesta quinta-feira (27), MS soma 35.117 casos de covid somente no mês de maio, superando dezembro, que era o mês com mais infectados até então. O dado aponta que, em média, Mato Grosso do Sul registrou 1,3 mil casos novos de coronavírus por dia em maio.
O número de casos de infecção por coronavírus tem crescido nas últimas semanas. Somente nas últimas 24h, o Estado registrou 1.714 novos infectados, ou seja, 71 casos por hora. Nesta quinta (17), MS chegou a 35.117 de coronavírus registrados somente neste mês. Maio já superou os dois meses mais preocupantes da pandemia até então, como dezembro (34.700 casos) e março (34.070).
O avanço do coronavírus tem preocupado as autoridades em MAto Grosso do Sul. A terceira onda da doença parece já ter começado e o titular da SES (Secretaria de Estado de Saúde) reforçou o alerta durante live nesta semana.
“Nas próximas semanas teremos um crescimento grande da doença. Estamos num recorde histórico de média móvel desde o início da pandemia”, disse Geraldo Resende. Nesta semana, Mato Grosso do Sul atingiu o recorde de média móvel por dias seguidos. Além disso, a taxa de contágio tem aumentado.
Apesar do avanço da doença, MS ainda não quebrou o recorde de mortes. Em maio, foram registrados 707 mortes por coronavírus. O número ainda está bastante abaixo do registrado em abril, que teve 1.391 vítimas da covid em Mato Grosso do Sul.
Os secretários de saúde têm alertado que apesar do índice de mortes ter se mantido estável, os novos casos de infecção devem refletir nos dados de óbitos em breve. Nesta semana, a secretária-adjunta Christine Maymone pediu que os sul-mato-grossenses fiquem em casa. “É sempre assim, aumento de casos confirmados, aumento de internações e aumento de óbitos”, explicou a ordem de acontecimentos na pandemia.
Perigo da cepa indiana
Classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma “preocupação global”, a variante indiana do coronavírus já pode estar circulando em Mato Grosso do Sul e em todo o país. Apesar de não haver ainda a confirmação, especialistas afirmam que é inevitável que a nova cepa (B.1.617) se espalhe rapidamente pelo país, agravando até mesmo uma 3ª onda da pandemia.
Especialistas da OMS classificaram a cepa indiana como “variante de atenção em nível global”. Ainda não há estudos relatando aumento de letalidade entre os infectados da B.1.617, ou seja, ainda não é possível afirmar que a nova cepa seja mais mortal. Entretanto, cientistas britânicos concluíram que a variante é até 50% mais transmissível.
Colapso na saúde
Mato Grosso do Sul é um dos estados em que a pandemia do coronavírus está em situação mais crítica. Boletim da SES (Secretaria Estadual de Saúde) esta semana apontou colapso no sistema de saúde e especialistas indicam que uma nova da doença pode se tornar realidade em breve.
Desde o início no ano passado, Mato Grosso do Sul registrou três subidas e descidas das infecções – os picos. A primeira entre julho e setembro de 2020, a segunda de novembro de 2020 a janeiro de 2021 e a terceira de março ao início de maio de 2021. Agora as internações e mortes voltam a crescer pela quarta vez, segundo dados compilados pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
(Colaborou Gabriel Maymone)
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