Com filho autista, mãe diz que escola particular não quis matricular criança novamente em Campo Grande

Instituto diz que funcionária passou informação errada e gerou o mal-entendido

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A enfermeira Cristiane Braz, de 28 anos, passou por uma situação desconfortável com o filho Maurício, de 4 anos, em uma escola particular de Campo Grande nesta semana. 

Segundo a mãe, Maurício é autista e estudava na escola quando foi diagnosticado com o espectro, mas a família teve que retirá-lo do local por conta da pandemia.

“A gente precisou tirá-lo da escola porque para nós não daria certo a aula online e precisaríamos pagar alguém para ficar em casa com ele”, disse ela ao Jornal Midiamax, explicando que o ensino remoto não ajudaria no desenvolvimento da criança.

Porém, com o passar do tempo, a família decidiu novamente matricular o filho na unidade de educação, mas foram informados que não haveria vagas disponíveis. 

“O primeiro contato foi há uns dois meses atrás e a escola disse que não teria vaga para o período que eu estava buscando”, comentou a enfermeria, que precisava do período matutino.

Na terça-feira (13), Cristiane retornou o contato para saber se havia uma vaga, mas foi informada que não teria nenhuma disponível – para nenhum dos períodos. Na resposta, a escola já sabia que se tratada do menino.

“Eu achei estranho porque a escola está sempre fazendo muitas publicações que tem vagas, mas que de prontidão disseram que não tinha”, contou. 

Desconfiada, a enfermeira pediu para uma amiga ‘sondar’ uma vaga para a filha. “Junto com ela, nós mandamos mensagem perguntando a mesma coisa que eu disse e para minha surpresa eles disseram que tinham vagas nos dois períodos para início imediato”, revelou ela. 

Por conta do acontecido, Cristiane postou um alerta contando a história nas redes sociais para que outras famílias não passem pela mesma situação. 

O outro lado 

Procurado, o Colégio João Batista informou que a secretária passou a informação errada para Cristiane.

“A informação passada pela nossa funcionária foi errada, ela já está ciente de tudo que aconteceu e já foi orientada […] Peço desculpas pela colocação, pela maneira que ocorreu, pela vaga disponibilizada para um e não disponibilizada para outro, erroneamente”, disse uma das proprietárias, Camilla Vianna, ao Jornal Midiamax.

A instituição também ressaltou que sempre manteve uma boa relação com os pais de Maurício e que nunca negou uma vaga para a criança. Ao ficar sabendo do ocorrido, a sócia entrou em contato com a família.

“Nós nos desculpamos, esclarecemos o que realmente aconteceu e pedimos uma oportunidade de ter o Maurício novamente conosco, pois sempre o atendemos com muito carinho”, contou.

Segundo Cristiane, mesmo após os esclarecimentos, a família ainda procura por uma outra escola para o filho, pois o colégio não teria estrutura para atender as demandas do Maurício. 

Conforme Camilla, a escola teria condições de atendê-lo. “Temos vários alunos com dificuldades especiais, com autismo, com TDAH, com TOD, entre outros, temos familiares e amigos com deficiências e síndromes também”, respondeu. 

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