Com cobertura abaixo da meta nos grupos de risco, Saúde de MS pede que população se vacine contra gripe

Secretaria aponta que vacinação é considerada ‘satisfatória’, mas só crianças atingiram a meta estipulada pelo Ministério da Saúde

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Grupo de gestantes e indígenas exige atenção
Grupo de gestantes e indígenas exige atenção

Com a queda nos números da pandemia, as pessoas começam a se descuidar e deixam algumas medidas preventivas de lado, como o uso de máscaras e etiqueta respiratória. Com isso, algumas doenças voltam a surgir: é o caso da gripe. A situação já é considerada epidemia no Rio de Janeiro e a população de Mato Grosso do Sul deve ficar atenta, já que a cobertura vacinal está abaixo do esperado. Para ter ideia, entre os grupos de risco, somente as crianças atingiram a meta na campanha. 

Com a epidemia no Rio de Janeiro, o vírus da gripe deve se alastrar pelo país e a SES (Secretaria de Estado de Saúde) recomenda que a população procure o imunizante. Mesmo fora da campanha, as doses continuam disponíveis nos municípios. 

A secretaria informou que não há risco de acontecer uma epidemia de Influenza em MS e afirma que os índices de cobertura vacinal são considerados ‘satisfatórios’, mesmo abaixo da meta estipulada pelo Ministério da Saúde. “Alguns índices são considerados satisfatórios, mas os municípios precisam intensificar as ações de cobertura vacinal, considerando que são responsáveis pelas estratégias de vacinação”, ressaltou. 

Entre os grupos de risco na campanha de vacinação contra a gripe, somente o das crianças atingiu a meta. As crianças têm uma cobertura de 92,2% de vacinados contra a gripe, sendo que a meta é de 90%. Outros grupos, como o de idosos e trabalhadores, estão abaixo do ideal. 

Conforme informações da SES, o grupo dos trabalhadores apresenta 72,5% de cobertura vacinal e dos idosos 71,5% de cobertura vacinal. Para a secretaria, os municípios precisam intensificar as ações de cobertura de vacinal, principalmente no grupo das gestantes que registra 63,1% de cobertura vacinal e nos indígenas com 64,6% de cobertura vacinal. 

“Neste último [de indígenas], a SESAI (Secretaria Especial de Saúde Indígena) e o DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena) são responsáveis pelas estratégias de vacinação em territórios indígenas do Estado. Assim, a SES recomenda que quem não tomou a vacina contra a Influenza pode procurar uma unidade de saúde do seu município porque há doses disponíveis”, reforçou. 

Em Campo Grande, só 63% do público-alvo foi vacinado

Por conta da instabilidade no sistema do Ministério da Saúde devido aos ataques hackers, não há detalhes sobre a cobertura vacinal contra a Influenza em Campo Grande. Contudo, o que se pode afirmar é que a campanha deste ano não saiu como o esperado. Devido à preocupação com o coronavírus e o prazo necessário de intervalo para tomar os dois imunizantes, a vacina da Influenza acabou sendo ‘deixada de lado’. 

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de Campo Grande afirma que, durante a campanha de 2021, apenas o grupo de crianças menores de seis anos atingiu a meta, sendo 91,79% do público imunizado. Na vacinação em geral, a campanha atingiu 63,55% do público-alvo vacinado. Com epidemia em regiões como o Rio de Janeiro, há risco do vírus voltar a circular na Capital. “Sabe-se que o vírus ainda está em circulação, havendo surtos em algumas regiões do país, por exemplo”, pontuou a Sesau.

Para quem ficou preocupado, ainda dá tempo de se proteger. “A vacinação para evitar a infecção está disponível em todas as unidades de saúde”, informou a secretaria. 

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