Campo Grande sanciona lei de incubação com previsão de ampliar para 30 projetos anuais

Atualmente, 6 empresas são acompanhadas pelo projeto municipal

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Empresas acompanhadas pela incubadora municipal estavam presentes no evento
Empresas acompanhadas pela incubadora municipal estavam presentes no evento

O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), sanciona, nesta segunda-feira (8), lei que cria o sistema municipal de incubação, que visa fortalecer a consolidação de empresas no município. O projeto já existe desde 2004, mas ainda não era regulamentado.

O objetivo da prefeitura é ampliar das atuais 6 empresas atendidas pela incubadora para 30 projetos anuais. A ampliação irá auxiliar na retomada econômica do município, segundo o prefeito. “Graças à equipe da Sidagro (Secretaria Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio) e funcionários, os empresários terão oportunidade de multiplicar os empregos e fazer Campo Grande crescer”, declarou.

Para o titular da Sidagro, Rodrigo Terra, a regulamentação é um avanço. “Campo Grande está aprimorando o sistema de incubação. Antes só podiam empresas individuais, agora cooperativas também podem e uma das mudanças é que o prazo aumentou de 2 para 5 anos”, disse, completando que as empresas reclamavam do pouco tempo, que não era suficiente para caminharem sozinhas.

Além disso, as empresas vão ser capacitadas para exportação nos 4 segmentos: artesanato, tecnologia, têxtil e alimentos.

Incentivo

Um dos exemplos do que ‘deu certo’ na incubadora é o da Ybá Cosméticos, da médica Ana Matos, que produz sabonetes, hidratantes e shampoos à base de extrato de barbatimão. A empresa conta com 5 funcionários e já prepara os trâmites burocráticos para iniciar a exportação de seus produtos, hoje comercializados em farmácias de manipulação de Campo Grande.

Outra empresa que faz parte da incubadora atualmente é a Oriente, que vende dadinhos de mandioca. Tudo começou com o empresário Fernando Almeida e o filho, que vendiam Kafta na empresa onde trabalhavam. 

O negócio foi dando certo, mas como a carne foi ficando muito cara com o passar dos anos e os produtos com origem de mandioca foram a solução, por serem mais baratos. O empresário conta que descobriu a incubadora através de um colega, que tinha empresa acompanhada pelo projeto. 


Fernando Almeida e o filho iniciaram empresa para vender dadinhos de mandioca com apoio da incubadora – Foto: Marcos Ermínio / Midiamax

Então, Fernando apresentou o projeto à coordenadora na época, que se encantou com a ideia e tudo começou a dar certo. Hoje, eles vendem os dadinhos de mandioca natural e saborizados nas versões pizza, bacon, calabresa e escondidinho.

Parque tecnológico

Campo Grande tem projeto de implantação de Parque Tecnológico na Esplanada Ferroviária, que já está pré-aprovado, segundo a subsecretária de Gestão e Projetos Estratégicos, Catiana Sabadin. 

“É nosso grande projeto futuro depois da requalificação do Centro. Viemos solicitar agilidade na análise desses projetos para obter recursos. Ele foi enquadrado e será encaminhado para o agente financeiro para ver se o município está apto para obter a linha de financiamento”, explica Sabadin.

O projeto está orçado em R$ 55 milhões e envolve a estruturação de todo um complexo de economia criativa na região da Esplanada Ferroviária. “É um projeto integrado, que envolve a implantação do Parque Tecnológico, requalificação das áreas da Rotunda, de armazéns para termos um espaço cultural e requalificação das 4 incubadoras tecnológicas”, detalha. Além disso, está prevista a implantação de um museu interativo da antiga ferroviária.

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