Suspeita de aplicar golpes contra passageiros em Campo Grande, Giovana Rodrigues Nacasato, de 34 anos, foi banida de plataforma de mobilidade e, conforme motoristas de aplicativos, ela teria histórico antigo de golpes.

Giovana confessou à polícia que estava há uma semana com carro alugado e rodando a cidade ‘caçando' vítimas.  Pelo menos três passageiros procuraram a polícia após caírem em golpe, pendendo R$ 200 e outro, que perdeu R$ 1,2 mil.

Conforme um motorista disse ao Jornal Midiamax, a mulher é conhecida da categoria e carrega histórico de golpes aplicados contra os passageiros. “Ela é antiga de rodagem, porém tem histórico grande de golpes”, comentou, lamentando que ainda esteja nas ruas. Outro trabalhador disse que Giovana nem ao menos seria motorista parceira de aplicativo, pois devido ao histórico, já teria sido banida da plataforma. 

Em nota encaminhada à reportagem, a disse que não tolera nenhum comportamento criminoso e que a motorista foi banida da plataforma assim que a denúncia foi feita. 

“A empresa está sempre à disposição para colaborar com as autoridades no curso de investigações ou processos judiciais, nos termos da lei. Estamos constantemente implementando novos processos e tecnologias para evitar fraudes e seguimos trabalhando para ficar à frente dos golpes. Na Uber, pagamentos por cartão (débito e crédito) só podem ser feitos pela plataforma: “maquininha de cartão” não é aceita como meio de pagamento oficial. Estamos continuamente reforçando que os usuários sempre façam o pagamento conforme informado no pedido.”

Prisão 

Giovana foi detida em casa pela polícia na tarde desta quarta-feira (16). A mulher contou escolher as vítimas observando as pessoas que ficavam na rua observando o fluxo de carros e também os que olhavam constantemente para o celular ‘cuidando' os motoristas de aplicativo. Ela falou estar disposta a devolver os valores recebidos com os golpes, que segundo ela já estava aplicando há 1 semana. 

Ela, então, abordava as vítimas e oferecia seus serviços ‘por fora', e quando os clientes aceitavam aplicava o golpe. De um casal de idosos em que a corrida seria no valor de R$ 8, a ‘loira motorista' acabou aplicando um golpe de R$ 1.200.

De outra vítima, uma idosa de 71 anos, foram furtados R$ 1.500 e de outra vítima o valor de R$ 200. Ela acabou devolvendo os valores as vítimas depois de sua prisão. Ela passa por audiência de custódia nesta quinta-feira (17). 

Motoristas ‘de olho nos espertos'

A categoria dos motoristas de aplicativos condena a atitude da suspeita e orienta os passageiros que fazem pedidos de corridas particulares. Fuad Salamene Neto explica que há motoristas que gostam de realizar corridas particulares devido à isenção de tarifas dos aplicativos, mas que a categoria tem regras para a modalidade e fiscaliza todos os colegas.

“Para evitar essas situações, é importante que o passageiro já pesquise o valor que a sua corrida, para ver quanto vai ficar ou negociar com o motorista. Nesse caso, o que pode ter acontecido, é a corrida ter sido feita [e durante o trajeto] ter sido deslocada para outros lugares, por isso deu esse valor, ou [a passageira] ter feito a pessoa esperar muito tempo, porque não existe uma cobrança dessa. Mas se realmente isso aconteceu sem essas situações, aí o motorista é um pilantra”, pontuou o Fuad.

Ele alerta os passageiros que muitos desses ‘espertos' nem ao menos são cadastrados em plataformas ou se já estiveram, foram ‘banidos' pela própria categoria. “Nós motoristas temos um controle dessas situações. É muito difícil um picareta ficar entre nós. Nós identificamos essas pessoas rapidamente, denunciamos à polícia e faz esse cara (sic) sair da rodagem”, afirmou o motorista.