Após relato de uma moradora sofrer golpe de motorista em corrida particular, as empresas de aplicativos de corridas e motoristas alertam os moradores em sobre os cuidados em solicitar uma viagem fora das plataformas em Campo Grande. A moradora, de 49 anos, denunciou que uma mulher ‘alta e loira' debitou de seu cartão R$ 200 em corrida clandestina ao invés de R$ 8.

Conforme a , uma das maiores empresas de mobilidade no país, as viagens solicitadas pelo aplicativo permite uma série de segurança ao passageiro e ao motorista que, caso seja feita ‘por fora', ambos ficam sem as tecnologias de segurança do dispositivo. 

“Todas as viagens da Uber necessariamente só podem ser realizadas por meio do aplicativo, onde o usuário solicita um carro ao toque de um botão e recebe, via app, informações do motorista parceiro que vai buscá-lo, como nome, foto, além de modelo e placa do veículo. Dessa forma, qualquer viagem feita fora desses padrões não é uma viagem de Uber e, portanto, não dispõe das diversas ferramentas de tecnologia e processos de segurança oferecidas pela plataforma, nem é coberta pelo seguro APP que cobre acidentes pessoais durante viagens na plataforma”, disse a empresa em nota.

A Uber também esclareceu que os motoristas parceiros da plataforma passam por análise de antecedentes criminais antes de ter acesso às viagens e ressaltou que quem faz corridas fora da plataforma, pode estar sujeito à banimento. 

Motoristas ‘de olho nos espertos'

A categoria dos motoristas de aplicativos condena a atitude da suspeita e orienta os passageiros que fazem pedidos de corridas particulares. Fuad Salamene Neto explica que há motoristas que gostam de realizar corridas particulares devido à isenção de tarifas dos aplicativos, mas que a categoria tem regras para a modalidade e fiscaliza todos os colegas.

“Para evitar essas situações, é importante que o passageiro já pesquise o valor que a sua corrida, para ver quanto vai ficar ou negociar com o motorista. Nesse caso, o que pode ter acontecido, é a corrida ter sido feita [e durante o trajeto] ter sido deslocada para outros lugares, por isso deu esse valor, ou [a passageira] ter feito a pessoa esperar muito tempo, porque não existe uma cobrança dessa. Mas se realmente isso aconteceu sem essas situações, aí o motorista é um pilantra”, pontuou o Fuad.

Ele alerta os passageiros que muitos desses ‘espertos' nem ao menos são cadastrados em plataformas ou se já estiveram, foram ‘banidos' pela própria categoria. “Nós motoristas temos um controle dessas situações. É muito difícil um picareta ficar entre nós. Nós identificamos essas pessoas rapidamente, denunciamos à polícia e faz esse cara (sic) sair da rodagem”, afirmou o motorista.