Dicas: Apps que facilitam a vida financeira deixam usuários expostos e exigem cuidados
Cuidados com armazenamento de senhas e uso de celular nas ruas devem ser redobrados
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Seguindo a lógica de evolução tecnológica, os smartphones primeiro “substituíram” os computadores e agora também têm funções que antes as pessoas só conseguiam realizar indo até uma agência bancária, facilitando pagamentos e transferências.
Com isso, muitas pessoas atualmente usam os celulares como uma ‘carteira’ e até deixaram de sacar dinheiro. Tecnologias como o NFC (‘Near Field Communication’ ou Comunicação de Campo Próximo, em português) e o Pix podem até mesmo substituir o cartão de débito, não havendo necessidade de carregar os cartões ou dinheiro em espécie.
Para alguns, usar essas tecnologias é motivo de segurança, como para a estudante Nadiele Fernandes, de 24 anos, que nunca anda com dinheiro vivo, desde que criou sua primeira conta no banco, quando se mudou para Campo Grande para estudar.
“Eu vim do interior e sempre tive medo de ser assaltada. Então, me habituei a usar o cartão e o aplicativo do banco para outros serviços […] e com o Pix, é mais uma opção para pagar as coisas”, explicou ao Jornal Midiamax.
Nadiele nunca foi assaltada, mas o mesmo não pode dizer o enfermeiro Carlos Augusto Mendes, que passou a usar o aplicativo de banco para fazer pagamentos após um assalto no ponto de ônibus, quando ia para o trabalho. “Eu tinha separado 250 reais para pagar as contas de água e luz na lotérica, no meu horário de almoço, mas levaram tudo e meu celular”, relatou à reportagem.
Após o fato, colegas de trabalho o aconselharam a não carregar muito dinheiro em espécie, pela segurança. “Nunca mais andei com dinheiro. Fiquei traumatizado”, contou o profissional da saúde. Com o Pix, o usuário pode fazer um pagamento ‘virtual’ na hora, como se estivesse pagando em dinheiro em espécie. Já o NFC, por usar a radiofrequência, pode se ‘conectar’ com máquinas de cartão, pela aproximação — tecnologia que também está disponível em alguns cartões.
Por um lado, as tecnologias podem facilitar as transações, mas por outro, ainda chamam a atenção de criminosos, que podem assaltar e coagir as vítimas e acessar as contas bancárias — que são protegidas por senhas e até biometria.
Quais cuidados tomar?
O Sindpesp (Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo) relacionou algumas dicas que podem ajudar a prevenir roubos, furtos e o posterior uso dos dados pessoais e bancários.
- Não fique com o aparelho à mostra na rua ou em lugares públicos como bares, casas noturnas e restaurantes, pois o bandido vai aguardar uma distração para cometer o furto.
- Se você estiver andando na rua, prefira levar seu smartphone no modo vibração para evitar toques.
- Se precisar atender, entre em algum estabelecimento comercial.
- Nunca deixe um celular à mostra dentro de veículos.
- Em carros ou coletivos, não use seu celular perto das janelas, onde assaltantes poderão pegá-los por fora.
- Use fones de ouvido sem fio.
- Não ande com o celular na mão, bolso de trás da calça ou com a bolsa aberta.
- Não deposite dinheiro solicitado por mensagens.
- Não mantenha fotos de documentos e cartões bancários no aparelho.
- Não utilize recurso de “lembrar senha” em navegadores e sites.
- Não deixe senhas importantes em blocos de nota, e-mails, mensagens de WhatsApp, fotos ou outros locais em seu celular.
- Não guardar senhas e cartões na capa do aparelho.
- Deixe sempre seu celular bloqueado por senha.
Teve o celular o roubado?
Ligue para o banco:
Em caso de perda, roubo ou furto de celulares com aplicativos de bancos instalados é essencial comunicar seu banco sobre o ocorrido.
Tenha um backup:
Realizar uma cópia virtual de suas informações com periodicidade pode evitar a perda de dados e até ajudar em uma restauração do aparelho celular.
Troque senhas:
Altere senhas de acesso. Prefira sempre senhas complexas, que misturem caracteres especiais e não repita senhas antigas.
Remova os aplicativos:
Desconecte remotamente as contas de aplicativos instalados no celular — através dos sites dos aplicativos ou do Facebook, caso tenha utilizado a rede social como login para cadastro em aplicativos diversos.
Registre um B.O:
Registre um boletim de ocorrência — que pode, inclusive, ser feito de maneira virtual.
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