As tradicionais festividades do Carnaval foram canceladas neste ano em virtude da de coronavírus em Mato Grosso do Sul. Porém, apesar do feriado atípico, alguns trabalhadores tiveram folga e houve movimentação pelo estado. Pouco mais de uma semana depois do feriado prolongado, o comportamento da população já reflete nos números da pandemia em MS. Somente no boletim desta quarta-feira (24), foram mais de mil casos novos de confirmados. 

O secretário da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Geraldo Resende, afirma que o número de casos da doença tem crescido nos últimos dias e atribuiu o avanço da doença ao feriado prolongado em MS. 

“Temos a sinalização de que, infelizmente, teremos um acréscimo significativo de casos novos. A média nível e o número de internações está aumentando significativamente, principalmente em , Naviraí, Ponta Porã e também em . O Hospital Regional está hoje com o limite de sua capacidade em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva)”, disse o secretário durante live da SES.

A média móvel de casos de coronavírus chegou a 835, a maior das últimas semanas em MS. O secretário ainda ressaltou que houve aumento na taxa de contágio. “É o resultado do fim de semana prolongado, mesmo sem Carnaval houve mobilidade intensa da população”. A taxa de contágio, que estava em 0,93 na última semana, chegou a 0,96 nesta quarta. 

Diante do aumento de casos, o relatório do Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança da Economia) deve apontar novas restrições para o município. Segundo Resende, o Conesul e as regiões de fronteira em MS têm causado preocupação.

Governo do Estado manteve ponto facultativo

Mesmo após recomendação da SES, o governador de Mato Grosso do Sul Reinaldo Azambuja (PSDB) decidiu manter o ponto facultativo para os durante o Carnaval. Assim, 47 mil funcionários públicos ganharam folga entre os dias 15 e 17, embora as tradicionais festas do período estejam canceladas em função da pandemia de covid-19.

“O ponto facultativo já é uma tradição. Às vezes, as pessoas já têm um planejamento de vida para o Carnaval. O que nós não podemos ter é aglomerações”, disse na ocasião o governador.