Após contato restrito, famílias preparam reencontro cheio de cuidados no Dia das Mães
Apesar de mães vacinadas, vírus ainda exige cuidados com a saúde
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O Dia das Mães este ano vai ser especial para muitas famílias, que precisaram se adaptar e enfrentar as adversidades que a pandemia do coronavírus exigiu. O isolamento social, principalmente de idosos fez com que o contato deles com os filhos ficasse restrito em muitos casos, mas a vacinação trouxe esperança de que a data este ano será um doce reencontro.
Ainda não é possível fazer um reencontro em família como muitas mães gostariam de ter, mas em alguns casos já dá para planejar um momento mais próximo com os filhos. É o caso de Marina Santana, que aos 65 anso já está vacinada e irá almoçar com um dos filhos, Marcelo Santana, que é médico e também já foi imunizado.
“Estou muito animada, daqui uns dias vai dar para nos vermos”, disse, lamentando que poderá ver apenas um dos filhos, já que sua outra filha mora em Três Lagoas e ainda não recebeu dose da vacina.
O encontro será breve e com todos os cuidados, apesar de mãe e filho estarem imunizados. “Como meus pais já estão vacinados e eu também, vou passar para cumprimenta-la comportadamente e dar o presente”, disse Marcelo, ansioso pelo encontro.
Mesmo que ainda com alguns cuidados, que serão seguidos a risca pelo fato de dona Marina ser transplantada, o reencontro a possibilidade do reencontro a deixou muito feliz e esperançosa. “Foi muito difícil, principalmente para os netos, que são muito apegados. Só via de longe, dava uma conversadinha com eles do lado de fora, álcool gel da cabeça aos pés, mas graças a Deus essa fase está querendo passar”, comemorou.
A alegria de rever a família se mistura com a dor da perda para dona Laurinda Freitas, de 99 anos, que passará o Dia das Mães um mês após perder um dos filhos vítimas para a covid. Ela já tomou as duas doses da vacina e parte dos seus 9 filhos também, o que possibilitará um encontro na data, mesmo que ainda tomando alguns cuidados.
“Vamos dar uma passada na casa da minha irmã, que mora com ela, mas o que era para ser um reencontro feliz, será um dia triste, para a consolarmos”, disse Rosa Maria, filha de dona Laurinda, que aos 73 anos também já tomou as duas doses do imunizante.
A família lamenta a perda do irmão, de 55 anos, para a covid e o cuidado para ver a matriarca será redobrado. “Vamos combinar de ir um filho por vez e vamos tomar todos os cuidados para a mãe não ficar doente”, explica Rosa.
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