O Sindicam-MS (Sindicato dos Caminhoneiros de ) negou que haja alguma movimentação para nova greve de caminhoneiros no estado, contrariando informações de sindicato nacional que dão como certa uma grande paralisação no Brasil a partir da segunda-feira (1).

“Em Mato Grosso do Sul não acreditamos nessa possibilidade. O momento para nós é de trabalho. Não tem oferta de cargas, não está tendo nem procura neste momento. Não temos como começar uma movimentação [paralisação]. Não apoiamos e nem compactuamos neste momento”, afirmou o presidente do sindicato Roberto Sinai.

Segundo Sinai, MS é movido pela e gado de corte e, a colheita do grão deverá acontecer na segunda semana de fevereiro, o que também evidencia que não faz sentido algum uma paralisação neste momento. “Só pensamos em realizar essa movimentação caso todos os diálogos e possibilidades possíveis se esgotem com o Governo Federal. Neste ano a categoria nem conversou com o Governo ainda”, pontuou.

A nova greve, confirmada por frentes nacionais, deverá acontecer na próxima segunda-feira (1). Foi enviado ao governo federal um ofício do Conselho Nacional de Transportes Rodoviários de Cargas, confirmando a paralisação, caso os pedidos dos caminhoneiros não sejam atendidos. Ao todo, são 40 mil filiados no sindicato em 22 estados brasileiros.

Greve em 2018

A situação remete à grande paralisação nacional ocorrida em maio de 2018, quando a categoria paralisou por 11 dias em MS, causando uma série de desabastecimentos, inclusive de combustível, alimentos e de medicamentos e insumos hospitalares.

Mesmo nesta época, o movimento de caminhoneiros já era dividido e diversas lideranças autônomas emergiram em meio ao caos formado. Assim, enquanto o Sindicam-MS atuava para que a categoria focasse numa pauta de reivindicações como a redução do ICMS do diesel, a agenda das demais lideranças ultrapassavam as questões relacionadas aos caminhoneiros.

Antes mesmo de chegar ao fim, a greve perdeu força após caminhões com cargas de produtos essenciais voltarem a circular com escolta policial. Ainda assim, naqueles dias, após quase duas semanas, a categoria conquistou redução do ICMS de 17% para 12% em MS, além de 30% dos fretes da (Companhia Nacional de Abastecimento) e 10% de redução no preço do diesel pela Petrobras.