Apontado por um estudo como um dos poucos estados do país sem informação sobre medidas para diminuir a emissão de gases poluentes, aderiu há menos de dois meses à campanha Race to Zero e ao Under2 Coalition, agendas globais que têm como meta zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050.

O relatório que aponta a falta de metas foi feito pela CDP Latin America, organização internacional que trabalha com empresas e governos para monitorar suas ações ambientais. As informações contidas no estudo, porém, são questionadas pela (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Familiar).

Segundo a Secretaria, MS tem sim um plano traçado para diminuir a emissão de gases poluentes e o principal exemplo disso é Decreto nº 15.741 de 3 de agosto de 2021, que formaliza a adesão oficial aos programas citados.

A campanha Race to Zero reúne governos nacionais e subnacionais, empresas e instituições que se comprometem a promover uma recuperação global sustentável, resiliente e com zero emissão líquida de carbono até 2050, organizada pelo Secretariado de Mudanças Climáticas das Nações Unidas. Até o momento, a campanha reúne 454 cidades, 1397 empresas e 569 universidades.

Conforme o decreto, no prazo de 12 meses, a Semagro deverá implementar a adesão de Mato Grosso do Sul às campanhas globais da agenda climática por meio da aprovação: do Plano de Ação Climática 2050, que deverá contemplar metas intermediárias de redução de emissões de gases de efeito estufa, definidos pelo Protocolo de Quioto para os anos de 2030 e 2040, e a neutralização de emissões líquidas até 2050; e do Plano Estadual MS Carbono Neutro, que visa a estabelecer o modelo de desenvolvimento baseado em uma economia de baixo carbono, na conservação e na valorização de ativos ambientais e na redução de passivos ambientais, com metas até 2030.

“Hoje, com a adesão, Mato Grosso do Sul muda o seu patamar de como ele é visto nacional e internacionalmente no momento que ele entra numa campanha internacional extremamente reconhecida e que mostra, na verdade, um posicionamento estratégico em relação à neutralização de carbono”, comentou o titular da Semagro, Jaime Verruck.