Além do Poder Público, as clínicas de imunização particulares de Mato Grosso do Sul também aguardam e esperar adquirir doses da vacina contra a Covid-19, o novo coronavírus. Porém, por conta do atraso na importação da vacina de Oxford, produzidas na Índia, o comércio não tem expectativas de chegada das doses e um plano de início de vacinação paga.

Conforme comunicado do Ministério das Relações Exteriores, desta terça-feira (5), devem ser importadas cerca de 2 milhões de doses da vacinas da marca, porém, o governo da Índia fechou a exportação dos imunizantes até vacinar toda população de risco no país.

Outra empasse é que a importação, pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), foi autorizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mas ainda não há autorização para aplicação na população.

A enfermeira Natyli Correa Macedo, responsável pela Clínica Vaccine Care, em Campo Grande, explica que a unidade demostra interesse na imunização, porém, não há o que fazer além de aguardar os tramites das autoridades.

“Como a vacina do (Instituto) Butantan não pode ser comercializada, nós aguardamos a aprovação e liberação da vacina da Índia, mas isso não tem nenhum previsão. Estamos alvoroçados, queremos, mas não tem uma data”, disse.

A clínica Imunitá informou que tem interesse em comprar doses do imunizante, porém, não há uma previsão de compra até a chegada das importações. Já a clínica Vaccini relatou que também pretende adquirir doses, mas não há detalhes sobre a marca da vacina ou valores investidos oficializados entre a direção.

Vacina pelo SUS

Por enquanto, as tratativas do poder público e viés pelo SUS (Sistema Único de Saúde), se mostra mais promissora quanto a compra das doses. A prefeitura de Campo Grande já se articula na tentativa de começar a vacinação contra a covid-19 junto com o governo de São Paulo, no próximo dia 25 de janeiro. A Câmara de Vereadores pode instalar uma comissão de emergência para aprovar o plano de imunização.

A Sesau evita cravar uma data para o início da vacinação. A pasta justifica que ainda depende da sinalização do Instituto Butantan sobre a disponibilidade de doses. Além disso, a secretaria diz que a criação da comissão de emergência não foi pedida pelo município, a menos a princípio.

O Instituto Butantan apresentou, nesta quinta-feira (7), com a Anvisa, os resultados de eficácia dos ensaios clínicos da vacina produzida no país. Para casos graves e moderados, a imunização apontou 100% de eficácia. Além disso, não houve casos graves entre os pacientes vacinados na fase de teste.