Tutores de EAD no ‘susto’, pais em MS sofrem para adaptar rotina com filhos em casa
Desde o início da pandemia em Campo Grande, as famílias precisaram se adequar e readaptar em quase todos os pontos da rotina. No entanto, para quem tem filho em idade escolar, os obstáculos foram ainda maiores. As reclamações surgem do lado dos pais e dos filhos porque do dia para noite precisaram ter disciplina para […]
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Desde o início da pandemia em Campo Grande, as famílias precisaram se adequar e readaptar em quase todos os pontos da rotina. No entanto, para quem tem filho em idade escolar, os obstáculos foram ainda maiores. As reclamações surgem do lado dos pais e dos filhos porque do dia para noite precisaram ter disciplina para estudar no formado à distância e contando com ajuda dos pais para seguir com o aprendizado. Para pais e filhos, a tarefa se mostrou árdua e até ajuda profissional se mostrou uma saída para lidar com a situação.
A psicóloga infantil, Nina Dória Vargas explica que no período de tantas incertezas, as dúvidas vem de todos os lados. Em relação à escola, ela diz que o momento acaba gerando ansiedade em todos os envolvidos: professores, alunos e pais.
Ela conta que as maiores queixas dos pais têm sido a dificuldade em criar a rotina de estudos, mas também saber equilibrar as cobranças, dar autonomia aos filhos sem deixar de dar suporte. “É comum que os pais se sintam um pouco perdidos, especialmente sobre como ajudar os filhos a continuar estudando mesmo que longe das salas de aula”.
Mãe de dois meninos, um de 8 e outro de 6 anos, Carolina Macena, conta que os filhos já retornaram para o ensino presencia, mas antes disso ela viveu meses difíceis. Ela teve que lidar com o estresse das crianças, pois só podiam ficar em casa e são muito ativos. Outra dificuldade, que a maioria dos pais também passou, foi o fato de ter que lidar com o trabalho remoto e cuidar deles ao mesmo tempo, pois era preciso dar um suporte emocional e educacional.
Carolina trabalha fora e fica o dia todo ausente de casa. Ela diz que foi uma oportunidade única de ficar tanto tempo com seus filhos. “Como mãe, foi maravilhoso estar perto deles nesse período tão difícil e a gente poder ter uma proximidade e até mesmo almoçar juntos”.
Dificuldades do EAD
Já a avó de um menino de 10 anos, Janir Luzia Cenachi, conta das dificuldades do neto em conseguir se adaptar e criar uma rotina de estudos. Ela conta que o pequeno tem muita dificuldade para assistir aula on-line, as falhas da conexão com a internet também somam no desânimo, ora do professor, ora do aluno.
Como tudo foi uma adaptação, todos estavam criando sistemas para conseguir dar sequência no ano letivos, o meio de entregar atividades também dava alguns problemas. E tudo dificultou ainda mais uma disciplina no neto.
E ela conta que enquanto avó teve muita dificuldade de acompanhar as atividades e teve que aprender várias coisas. “O método mudou muito de quando eu aprendi, então é mais um desafio”, desabafa.
Do outro lado da tela, há professores que também tiveram que aprender a lidar com a situação de forma rápida. Professor de História da rede estadual de Mato Grosso do Sul, Marcelo Garcia Rosa conta que percebeu que muitos alunos não conseguiram acesso aos vídeos das aulas gravadas pelos professores.
Ele conta que teve um pouco mais de facilidade com esse novo formato de ensino, pois já tinha experiência em gravar vídeos para novas escolas, mas tudo on-line foi diferente. “Gravar aulas, realizar e corrigir exercícios, trabalhar totalmente remoto, isso foi um pouco difícil para todos, ainda me pego na dúvida de como fazer tal coisa”.
Como uma medida mais tranquila, a psicóloga Nina indica que os pais não se cobrem tanto, tudo é muito novo. Precisam ter o direito de criar um ambiente e que atenda as necessidades da família nesse momento, mas que não seja um “quartel-general”
Nina diz que o equilíbrio é a palavra-chave para passarmos por tudo isso “Respire fundo e mantenha a calma. Nós precisamos diariamente de resiliência.
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