A etnia terena representa 93% das mortes em indígenas provocadas pelo em Mato Grosso do Sul. O Estado já soma 44 mortes de indígenas nas aldeias, mas 41 deles são terenas. A cidade que mais registra mortes em MS é Aquidauana, com 17 mortes provocadas pela Covid-19 nas aldeias. 

Dados do portal Mais Saúde da SES (Secretaria de Estado de Saúde) atualizados nesta quarta-feira (19) apontam que Mato Grosso do Sul tem 44 indígenas mortos pelo coronavírus e 1.992 infectados. O portal não descreve os dados de acordo com as etnias indígenas existentes no território de MS, mas dados do Conselho do Povo Terena apontam que já são 41 terenas mortos pela pandemia.

Ainda segundo informações do Conselho, são 1.292 casos confirmados entre indígenas terena. Os dados contemplam a T.I. () Taunay Ipeque (Aquidauana), a T.I. em Miranda, T.I. Buriti (Dois Irmãos do Buriti e Sidrolândia), T.I. em Nioaque e T.I. Aldeinha ().

Conforme dados divulgados, há 659 casos confirmados na Taunay Ipegue, 358 na Terra em Miranda, 153 na T.I. Buriti, 82 na T.I. em Nioaque e 69 na T.I. Aldeinha.

Aquidauana registrou mais mortes

Informações da SES sobre as mortes de indígenas no estado apontam que a cidade que mais registrou óbitos foi Aquidauana. A situação da região chama a atenção, já que o coronavírus tem se espalhado rapidamente. Lideranças denunciaram nesta semana que a Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) impediu a entrada de profissionais do Médicos Sem Fronteiras nas aldeias. 

Aquidauana registrou 17 mortes de indígenas, segundo a SES. Em segundo lugar, está Miranda com 7 mortes, seguida por Dois Irmãos do Buriti com 5 mortes e Anastácio com 4 mortes. Campo Grande também registrou 4 mortes de indígenas, Sidrolândia tem 3 mortes, tem 3 óbitos de indígenas e registrou uma morte.