O Sindicato do Trabalhadores da JBS em , a 225 quilômetros de Campo Grande, entrou com uma ação na Justiça do Trabalho pedindo indenizações individuais de R$ 200 mil para cada funcionário que tenha sido contaminado pelo coronavírus, causador da .

Segundo o jornal A Folha de São Paulo, os trabalhadores pedem também indenização de R$ 100 para os que ficaram expostos à contaminação.

Ao todo a unidade tem 4,3 mil funcionários e conforme o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do município, autor da ação, desde o início da pandemia, 1.075 funcionários foram diagnosticados com a doença.

Inclusive, foi uma funcionária da unidade a 1ª indígena do Estado a testar positivo para coronavírus no começo de maio. Uma mulher de 35 anos da etnia Guarani moradora da aldeia Bororó.

Ação civil pública

Tramitando na 2ª Vara do Trabalho de Dourados, a , pede ainda o ressarcimento das despesas médicas com o tratamento, medicamentos, exames, internações e deslocamentos —o sindicato pede que os cálculos sejam individualizados ao fim da tramitação.

Além de compensar os trabalhadores, contaminados ou não, o sindicato incluiu no pedido a previsão de indenização de R$ 500 mil para a família de funcionários que, devido à contaminação pelo coronavírus, venham a morrer, e o custeio de uma bolsa a herdeiros.

Até o momento não houve nenhum caso de morte entre os funcionários da unidade, segundo o advogado Paulo Roberto Lemgruber, que representa o sindicato.

À Folha de São Paulo, ele ainda disse que os trabalhadores querem a implementação de medidas de prevenção ao contágio com a busca diária de funcionários contaminados e o afastamento imediato de quem esteja no grupo de risco ou com algum tipo de sintoma.

“A JBS se limitou a implementar medidas superficiais de proteção, sem alterar o intenso ritmo de produção de sua unidade de Dourados e sem reduzir a quantidade de trabalhadores por turno, de modo a viabilizar o distanciamento entre os trabalhadores”, diz Lemgruber.

Ele ainda cita que a empresa testou todos os funcionários, mas não há no local uma política de vigilância ativa e ainda teria aguardado a confirmação de testes para afastar trabalhadores que tiveram contato com os funcionários contaminados.

JBS

Em nota a empresa JBS, diz que “não tem medido esforços para a garantia do abastecimento e da produção de alimentos dentro dos mais elevados padrões de qualidade e segurança além da proteção dos seus colaboradores e que um protocolo com medidas eficazes de prevenção e segurança foi adotado na empresa”.