Sesau divulga Plano de Contingência contra Dengue, Zika e Chikungunya válido até 2021

Apesar do foco da sociedade neste momento estar sobre o avanço do novo coronavírus (Covid-19), outras doenças ainda merecem a atenção da Saúde Pública. E em Campo Grande, especificamente, aquelas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti seguem no radar da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). O último boletim estadual da doença confirmada que a Capital registrou […]

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Apesar do foco da sociedade neste momento estar sobre o avanço do novo coronavírus (Covid-19), outras doenças ainda merecem a atenção da Saúde Pública. E em Campo Grande, especificamente, aquelas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti seguem no radar da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). O último boletim estadual da doença confirmada que a Capital registrou neste ano 4 mortes e 5.163 casos.

Nesta segunda-feira (30), suplemento do Diário Oficial de Campo Grande tornou público o Plano de Contingência para Situação de Epidemia de Dengue, Chikungunya e Zika no município, aprovado em 18 de dezembro passado pelo Conselho Municipal de Saúde. A vigência do planejamento é mais antiga, tendo começado em julho de 2019, com validade até julho de 2021.

Conforme a assessoria da Sesau, a publicação ocorre dentro do prazo estabelecido e visa a dar transparência e conscientizar a população sobre os procedimentos.

Nesse intervalo de dois anos, as ações visando a uma resposta coordenada da Sesau frente a eventuais aumentos nos casos de dengue, zika e chikungunya seguirão o que estiverm previsto no plano –que define, ainda, articulação de diferentes setores da pasta e de outros setores do Paço Municipal para o enfrentamento ao Aedes. Contudo, prazos e ações poderão ser reavaliados em caso de necessidade.

“O objetivo geral do plano de contingência para situação de epidemia de dengue, chikungunya e zika é reduzir o impacto das epidemias na população de Campo Grande e redução da morbidade e mortalidade por estas doenças”, destaca o documento.

Monitorar dados epidemiológicos e de controle vetorial para conter surtos e epidemias, organizações ações das áreas técnicas, qualificar ações de assistência para acesso a diagnósticos e manejo clínico, monitoramento da circulação viral –incluindo os quatro tipos que causam dengue–, organização da distribuição de inseticidas e priorização de equipamentos para controle do vetor, capacitação de pessoal e mobilização social integram os eixos de ação.

As ações, literalmente, são calculadas em indicadores de resposta inicial que totalizam 100 pontos. No caso da dengue, avaliam situações como positividade da sorologia (20 pontos, dividida entre variação de até 20%, até 40% e acima desse percentual para definir as ações), incidência (30 pontos, calculada a partir da situação epidemiológica anterior), sotoripo (10 pontos, diferentes tipos de vírus), apontamentos do Liraa (o Levantamento Rápido de Infestação do Aedes, 10 pontos) e casos graves e óbitos (30 pontos, a partir do surgimento, manutenção e aumento).

Cenário de Risco

A fim de agir em situações emergenciais, o Plano Municipal de Contingência contra Dengue, Chikungunya e Zika foi estruturado sobre 8 componentes, sendo o primeiro deles a Vigilância Epidemiológica –para detecção precoce do padrão de circulação das doenças e subsidiar estratégias para reduzir o número de casos. Já o Controle de Vetores visa a monitorar a situação entomológica (presença do Aedes) para subsidiar planejamento e controle.

Também integram a estrutura a Vigilância Sanitária (intervenção em criadouros do mosquito e eliminar fatores de risco), Vigilância de Saúde Ambiental (monitoramento de fiscalização em imóveis), Labcem (Laboratório Central Municipal, que faz os exames e cria mecanismos de resposta rápida nas unidades de saúde), Gestão Municipal (estratégias e acompanhamento para desenvolver ações e articulação burocrática) e Comunicação e Mobilização (divulgação e informação de ações de educação e saúde para combater a proliferação do mosquito).

O último ponto do plano trata da Assistência adequada a pacientes para redução da letalidade das formas mais graves, incluindo a organização do Sistema de Saúde Pública e identificando tanto as unidades de referência e fluxo de atendimentos.

O projeto também fixa quais são as unidades de saúde a serem tratadas como referência em cada tipo de ação, as medicações recomendadas conforme a gravidade do paciente e o passo a passo a ser seguido por cada integrante da estrutura. Clique aqui e confira a íntegra do documento.

Atualmente, o plano enfrenta interrupção em relação às visitas domiciliares em razão da pandemia de coronavírus, que restringiu o contato entre os agentes e a população para evitar disseminar o vírus da Covid-19.

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