Servidores que atuam em barreira sanitária vão ‘cruzar os braços’ a partir de sábado em cidade de MS

Sindicato afirma que barreiras cumpriram papel no controle do coronavírus e que servidores são alvos de ameaça em Coxim.

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Servidores municipais de Coxim –a 260 km de Campo Grande– que trabalham nas barreiras sanitárias contra o coronavírus no município vão cruzar os braços a partir das 6h deste sábado. A paralisação foi aprovada em assembleia na terça-feira (22), convocada pelo Sinsmc (Sindicato dos Servidores Municipais de Coxim).

Embora os servidores devam comparecer às barreiras, não devem ocorrer abordagens a veículos ou aferição de temperaturas, tampouco o cadastramento de moradores de outras cidades que sigam para Coxim, conforme explicou ao Edição MS o presidente do sindicato, Paulo Monteiro.

A avaliação dos servidores é que as barreiras já cumpriram seu papel ao ajudar a controlar a Covid-19 no município e que, sem o apoio de forças de segurança, os funcionários municipais passaram a ser hostilizados, agredidos e assediados. Ele ainda alega que houve frustração na negociação coletiva da categoria –que pede adicional de insalubridade e de periculosidade.

Em vídeo divulgado nas redes sociais do sindicato na manhã desta sexta-feira (25), o presidente do sindicato reforça o pedido de mobilização dos servidores e adverte que, com o calor, espera-se o aumento de turistas em Coxim.

O prefeito Aluizio São José (PSB) afirmou que a intenção da Prefeitura de Coxim era retirar as barreiras após o feriado de outubro, quando a cidade deve receber turistas. “As barreiras seriam importantes no sentido de cadastrar todos os visitantes para que a equipe do Covid fizesse o monitoramento dessas pessoas”, lamentou.

Até as 16 desta sexta-feira, Coxim contabilizava 544 casos positivos de coronavírus, com 5 novos nas últimas 24 horas, e 59 moradores em isolamento domiciliar. Há, ainda 476 casos recuperados e 9 óbitos no município.

Conteúdos relacionados