O uso de máscara se tornou obrigatório em Campo Grande e em espaços públicos abertos na última sexta-feira (19), mas nos bairros os donos de mercados estão sentindo dificuldades para controlar o acesso de clientes ‘mal-educados' que insistem em não usar a proteção facial recomendada no combate e prevenção ao coronavírus (covid-19).

Com poucos funcionários e, em alguns casos, o próprio dono atendendo no caixa, controlar o acesso na porta fica difícil, principalmente por que os clientes não estão conscientes do risco que passam e oferecem.

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Avisos são fixados, mas controlar a porta é difícil para comerciantes nos bairros. (Leonardo de )

Situação da Sueli Rita Santana, 56 anos, ela é proprietária de um mercado no bairro III e passa boa parte do dia se dividindo entre prestar atenção no caixa e em quem entra no local.

“A aceitação está razoável, mas muita gente vem e diz que esqueceu. É complicado controlar, eu não tenho um segurança aqui. Não tenho um funcionário para atender só a demanda da porta. Quando estou no caixa tento controlar a porta também, mas é complicado barrar alguém”, diz.

Para ela não basta só o decreto, as pessoas precisam entender que precisa usar. “Tem o decreto, mas cada um tem que fazer a sua parte. Cada ser humano tem uma visão sobre o assunto. Dá para ver que houve mudança no comportamento. As pessoas estão tensas, o psicológico abalou muito, alguns estão agressivos na forma de falar”, destaca.

Precisa multar mesmo

No bairro Itatatiaia, o gerente do mercado Campesino Helton Rodrigues,27 anos, acredita que a multa deve realmente ser aplicada para que as pessoas levem a medida a sério.

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Mesmo com aviso na porta, clientes teimosos usam desculpas. (Leonardo de França)

“Está difícil tem muita gente que não respeita. Acredito que tem que multar as pessoas mesmo, porque elas acham que não vai acontecer nada. Falamos que não pode entrar sem , as pessoas falam que não sabiam. Tem cliente que a gente fala entra num ouvido e sai pelo outro, mas ainda assim a maioria ainda respeita”, explica.

Segundo ele, o que falta são as pessoas pensarem no próximo. “As pessoas ficam bravas se a gente fala da máscara. Elas não pensam no próximo, deveriam termais consciência. Não temos funcionário para deixar na porta, para mercado grande é fácil, mas a gente é pequeno. ”, completa.

Dificuldade também sentida por Valdonei Rodrigues, 50 anos, dono de um outro mercado no bairro. “São três funcionários aqui, eu tento barrar, mas fica difícil. Não consigo ficar na porta o dia todo. Em mercado grande é mais fácil”, diz.

“Muitas pessoas desrespeitam, mesmo com a regra escrita na porta elas falam que não sabiam, não querem obedecer. Entram achando que está tudo bem. Muita gente teimosa”, conclui.