As festas de fim de ano vão acontecer no momento mais delicado da pandemia do coronavírus (Covid-19) em Mato Grosso do Sul. Nas últimas 24h foram 22 mortes e 1.652 pessoas confirmadas com a doença. Assim, as autoridades de saúde pedem a colaboração das pessoas para as comemorações. “É importante que faça com quem resida na mesma moradia, que não tenhamos visitas ou reuniões mais amplas como sempre acontece nessa data”, adverte o secretário estadual de saúde, Geraldo Resende.
O pedido foi feito durante divulgação do boletim da Covid-19, na manhã desta quarta-feira (23), em live transmitida pelo Facebook. A adjunta da SES, Christinne Maymone, reforçou o apelo.
“Essa semana tivemos o pior número de mortes que poderíamos ter tido durante toda a pandemia. Se isso não te assusta não sei o que vai te assustar”, declarou Christinne Maymone.
Maymone se mostrou indignada com o descaso das pessoas diante da situação enfrentada pelo coronavírus. “Tem filas para entrar nos locais, as pessoas nas ruas não estão usando máscara adequadamente. Por que você vai se expor e trazer para a sua casa uma tristeza enorme que é a necessidade de leitos. Os [leitos] públicos e privados estão lotados, não traga isso para sua vida”, desabafou.

Pior semana da pandemia
Mato Grosso do Sul vive o pior momento até agora da pandemia pelo coronavírus (Covid-19) e registrou 22 mortes e 1.652 novos casos da doença confirmados nas últimas 24h. O boletim foi divulgado na manhã desta quarta-feira (23).
Conforme os dados, com esses números, a média móvel de casos dos últimos 7 dias é de 1.224 casos por dia, a maior já registrada desde o início da pandemia. A média móvel de mortes também bateu novo recorde, com média de 21,7 óbitos por dia na última semana.
A semana epidemiológica que começou no último domingo (20) já registrou 4.786 novos casos até terça-feira. Além disso, nos últimos três dias o Estado somou 98 mortes por coronavírus, que representa média de 32 óbitos por dia.
Atualmente, MS tem o maior número de casos ativos já registrados, ou seja: pessoas que estão infectadas e ainda não foram consideradas recuperadas. São 15.426 casos ativos.
A taxa de contágio é considerada altíssima, de 1,15%. A letalidade em relação aos casos confirmados é de 1,7%.