Produtores rurais de querem a intermediação do Ministério da no agendamento de uma audiência pública para discutir os conflitos  relacionados à  área denominada Ñu Verá, nas proximidades das aldeias Bororó e Jaguapiru. O pedido foi feito diretamente à ministra Tereza Cristina, que esteve em Dourados no último sábado (15).

“Nós queremos realizar essa audiência pública envolvendo toda a sociedade para ver se a gente consegue  resolver de vez esse problema com os indígenas. Na realidade não é um problema com indígenas, são invasores que estão entrando em propriedades e expulsando produtores que têm o documento legítimo de posse”, explicou o presidente do Sindicato Rural de Dourados,  Lúcio Damália.

Segundo Damália a proposta de realização de uma audiência pública surgiu logo após o conflito do dia 03 de janeiro e que resultou em quatro pessoas feridas, sendo um segurança privado e três indígenas. “Já havíamos apresentado essa ideia ao  secretário de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura, Luiz Antonio Nabhan Garcia e ao presidente da durante encontro realizado no dia 6 de janeiro, mas até agora ela ainda não foi colocada em prática”.

Na avaliação do presidente do Sindicato Rural alguma coisa precisa ser feita com urgência, sob risco de agravamento da situação. “Nossa intenção é evitar consequência ainda piores do que aquela que resultou em pessoas feridas no início de janeiro”, disse ele durante o pedido de intermediação junto à ministra Tereza Cristina.

“Estamos conversando porque tem decreto saindo sobre demarcação, temos conversado com presidente (Bolsonaro) sobre várias coisas, vocês sabem como o presidente pensa e nossa ideia é resolver conflitos e não mitigar conflitos”, disse a ministra ao ser questionada pela reportagem do Midiamax  sobre o problema.

Segundo ela, nas oportunidades que o Ministério da Agricultura foi chamado para encontrar uma solução para resolver sobre a demarcação de terras indígenas, a ministra disse que estava ‘sentada à mesa'. “Temos conversado com a AGU, com a Funai, PGR para ver se acha uma condução para resolver esses conflitos, passou da hora de resolver conflitos. Não se pode querer que os indígenas vivam nestas condições de vida degradante quando eles têm terras onde tem possibilidade de plantar”, disse a ministra.