Nesta quarta-feira (1º), o boletim da SES (Secretaria de Estado de Saúde) referente ao volume de casos de coronavírus em Mato Grosso do Sul apontou 711 novos infectados em 24 horas, um recorde até aqui. Segundo o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, o número é resultado do baixo isolamento social, que vêm caindo ao longo dos meses.

A média de isolamento social em Mato Grosso do Sul no mês de junho foi de 38,5% nos 30 dias do mês, o menor desde o início da pandemia. Na segunda quinzena de março, a marca foi de 46,2%, subindo para 47,3% em abril e recuando a 40,3% em março.

A queda na taxa de recolhimento domiciliar ocorreu ao mesmo tempo em que o Estado registrou aumento explosivo no volume de casos e de óbitos –são 8.676 desde 14 de março, data dos dois primeiros registros de Covid-19 no Estado, com 89 óbitos. Junho começou com pouco mais de 1,5 mil casos, isto é, um aumento superior a 470%. O total de óbitos também foi 5 vezes maior: 11 em maio e 66 em junho.

A evolução do coronavírus no Estado só confirmou previsões das autoridades de Saúde de que, com baixo isolamento social, a doença teria uma evolução considerável.

“Os 711 casos de hoje são fruto das taxas de isolamento de 15 dias atrás. Vamos pagar um preço muito caro das taxas que estamos verificando na Capital e mesmo em cidades pequenas”, afirmou Geraldo na manhã desta quarta-feira, ao divulgar o boletim fechado com dados do dia anterior.

O secretário ainda advertiu que “Certamente o que está acontecendo hoje vai ter uma repercussão daqui a 15 dias. Se não querem ajudar as autoridades de saúde, façam isso pelos seus familiares. A maioria não está dando valor aquilo que há de mais sagrado que é a vida”, enfatizou o titular da SES.