Projeto Wolbachia retoma atividades e soltura de mosquitos ocorrerá em 7 bairros

As atividades de implementação do Método Wolbachia, projeto idealizado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e Sesau (Secretaria de Saúde de Campo Grande) retomam as atividades na Capital a partir deste mês. Nesta etapa está prevista a mobilização da população dos bairros e entrega da biofábrica no Lacen-MS (Laboratório Central do MS). A liberação dos mosquitos […]

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Mosquitos com a bactéria serão soltos em sete bairros. Foto: Joao Paulo Burini/Getty Images
Mosquitos com a bactéria serão soltos em sete bairros. Foto: Joao Paulo Burini/Getty Images

As atividades de implementação do Método Wolbachia, projeto idealizado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e Sesau (Secretaria de Saúde de Campo Grande) retomam as atividades na Capital a partir deste mês. Nesta etapa está prevista a mobilização da população dos bairros e entrega da biofábrica no Lacen-MS (Laboratório Central do MS).

A liberação dos mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia está prevista para dezembro deste ano, período de verão em que as condições climáticas são favoráveis ao aumento da população de mosquitos. A soltura dos insetos acontecerá nos bairros Guanandi, Aero Rancho, Batistão, Centenário, Coophavila II, Tijuca e Lageado.

Enquanto isso, durante todo o mês de novembro, profissionais de saúde e educação apresentam o método à população e tiram as dúvidas sobre os mosquitos com a bactéria e as ações já implementadas para combate de vetores.

O Método Wolbachia

Uma das funções dos profissionais, que incluem os ACEs (Agentes de Combate a Endemias) e ACSs (Agentes Comunitários de Saúde), é explica para a população que os mosquitos com a bactéria não transmitem dengue, zika, febre amarela ou chikungunya.

“A Wolbachia é uma bactéria intracelular presente em 60% dos insetos da natureza, mas não no Aedes aegypti. Quando colocada nesse mosquito, impede que os vírus que ele transmite se desenvolvam. Não há modificação genética nem no mosquito nem na bactéria”, explica o coordenador do projeto Gabriel Sylvestre.

Aedes aegypti produzidos no local terão bactéria que impede transmissão da dengue, zika e chikungunya; liberações começam em setembro.
Mosquitos infectados geram outros com a bactéria. (Imagem: Reprodução)

O método é baseado na liberação de Aedes aegypti com a Wolbachia para que se reproduzam com os insetos locais, ou seja, sem a bactéria, gerando assim uma nova população de mosquitos. Com o aumento da porcentagem que insetos com a bactéria, não precisarão serem feitas novas liberações.

O Método Wolbachia, criado na Austrália pelo WMP (World Mosquito Program) está sendo implementado em mais duas cidades brasileiras além da Capital, Petrolina-PE e Belo Horizonte-MG.

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