Toque de recolher em Campo Grande será antecipado, horário do comércio modificado e os passes livres de estudantes e idosos serão suspensos mais uma vez. A decisão foi tomada pela prefeitura, após reunião com integrantes do Governo de Mato Grosso do Sul e diretoria de hospitais públicos e privados, nesta sexta-feira (4).

As ações são adotadas diante do avanço de casos de coronavírus, sobretudo, a superlotação da rede de saúde. Segundo o secretário da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), José Mauro Filho, as medidas vão valer a partir de segunda-feira (7) e decretos estabelecendo-as serão publicados ainda hoje.

Dos 395 leitos, 357 estão ocupados entre pacientes com Covid e outras condições de saúde. Por isso, além da medidas citadas acimas, blitze da Lei Seca devem aumentar, justamente para coibir uso de álcool somado à direção. Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) e Vigilância Sanitária também vão intensificar fiscalizações.

O comércio no geral (atacado e varejo) poderá funcionar das 8 horas às 21 horas, com limite de ocupação em 40% – delivery segue liberado. Atualmente, a regra válida é 50% do total da capacidade. O horário tinha sido ampliado, para atender demanda de compras no fim do ano. Já os shoppings funcionam até 22 horas. O toque de recolher passará da meia-noite para 22 horas e seguirá até 5 horas.

“Os hospitais mostraram a dramaticidade da Covid que estamos vivendo. Entregamos material para o prefeito. Mostra que nas últimas três semanas, a curva da doença em todos os aspectos é preocupante. Podemos, sim, ter colapso no Estado e, principalmente na Capital”, afirmou o secretário de Saúde de MS, Geraldo Resende.

Ainda de acordo com o titular, a taxa de positividade dos exames é de 50% em Campo Grande. As ações vão durar 14 dias, quando a equipe se reúne novamente para, com os dados atualizados, decidir por novas medidas – necessárias para reduzir a mobilidade social. “Que tem sido fator decisivo na alta taxa de contaminação, internação e morte”.