Alguns campo-grandenses estão apreensivos com a notícia da reabertura do comércio, na Capital, prevista para o dia 6 de abril na próxima segunda-feira. Muitos discordam e acreditam que o melhor é o isolamento social, devido a rápida proliferação do vírus.
Para a maquiadora de 27 anos, Stefanny Veiga, o isolamento vertical não funciona, “Já vimos está situação na Europa que não deu certo. A economia vai quebrar de qualquer jeito, mas é melhor estar vivo”, ressalta. A jovem que tem bronquite tem medo de ser contaminada pela doença.

Sobre a reabertura das igrejas, a maquiadora diz que a fé das pessoas deveria ser alimentada em casa, já que cada um é um templo. “Hoje as igrejas viraram empresas”, fala. Stefanny ainda diz que em parte entende os comerciantes, mas prefere a prevenção já que muitos contaminados não apresentam os sintomas.
Compartilha da mesma opinião, o auxiliar administrativo de 27 anos, Rodrigo Moraes, que é contra a reabertura do comércio afirmando que isso pode gerar mais mortes, “o Governo deve disponibilizar mais benefícios para a população”.

Em relação as igrejas, Rodrigo acha que as pregações deveriam neste momento serem on-line.
Já a aposentada de 70 anos, Nilma Ribeiro, que pela primeira vez em duas semanas saiu de casa para ir ao banco, contou não ser contra a reabertura do comércio, mas com restrições. Já sobre as igrejas, “Tem de ter fé, não precisa de tanto medo”, finalizou.
O consultou jurídico, 30 anos, Giuliano Borges se diz contra a abertura do comércio, “tenho filhos, família. A preocupação é mundial” relatou. Se não houvesse medidas fortes tomadas pelo prefeito, as pessoas não iriam respeitar. Para ele, apenas, os serviços essenciais deveriam continuar funcionando, o que não é o caso das igrejas, “as pessoas devem permanecer com fé em casa”, finalizou.

Reabertura
Estarão autorizados a abrir na próxima segunda-feira (6), grande parte do comércio varejista, como é o caso de lojas de roupas e de utilidades, por exemplo. Nove setores, no entanto, ainda não terão permissão para voltar a funcionar, entre eles estão academias, clubes de lazer, shoppings centers, Camelódromo e as escolas.
Outros setores que permanecem com atividades suspensas são serviços tipo self-service, buffets, festas e eventos particulares, shows e apresentações culturais e parques de diversões.