Após chegada da PF, novo chefe do Dsei-MS aceita receber indígenas

O coordenador do Dsei, Joe Saccenti Junior, concordou em atender parte do grupo de indígenas terena que tentaram audiência no Dsei-MS (Distrito Sanitário Especial Indígena de MS), mas foram barrados, na manhã desta quarta-feira (14). Conforme acompanhado pelo Jornal Midiamax, o atendimento ocorre após mediação de policial federal que foi deslocado ao local. A Polícia […]

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O coordenador do Dsei, Joe Saccenti Junior, concordou em atender parte do grupo de indígenas terena que tentaram audiência no Dsei-MS (Distrito Sanitário Especial Indígena de MS), mas foram barrados, na manhã desta quarta-feira (14). Conforme acompanhado pelo Jornal Midiamax, o atendimento ocorre após mediação de policial federal que foi deslocado ao local.

A Polícia Federal chegou por volta das 10h20 ao prédio do Dsei-MS e iniciou mediação, por telefone, com Saccenti, que teria concordado inicialmente em atender apenas três lideranças. O grupo, porém, recusou-se às condições impostas. “Cada um tem a sua demanda, não queremos isso desse jeito. Queremos que todas as demandas sejam ouvidas”, comentou uma das lideranças.

Mais cedo, grupo de 34 indígenas de etnia terena, que buscava audiência com o novo coordenador do Dsei-MS, tiveram acesso negado ao interior do prédio. O próprio Saccenti teria descido para avisar que atenderia apenas uma liderança, representando todo o grupo. Servidores do Dsei-MS também teriam sido impedidos de entrar no prédio. A PM foi acionada.

Coronel da reserva, Joe Saccenti Junior foi nomeado ao cargo em substituição de Eldo Elcídio Moro, que havia sido nomeado em outubro do ano passado, pelo então ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta. Assim como seu antecessor, Saccenti é acusado pelas lideranças de não ter conhecimento técnico para o cargo.

Denúncia semelhante também atingiu o militar da reserva José Magalhães Filho, mais conhecido na cidade como “O Homem do Megafone”, ao cargo de Coordenador Regional da Funai (Fundação Nacional do Índio) em Campo Grande, que também não teria afinidade com a agenda indígena. Magalhães foi exonerado do cargo após a senadora Soraya Thronicke (PSL) votar pela derrubada do veto do presidente que impedia aumento de salários de servidores da linha de frente do combate à covid-19 durante a pandemia e pedir a demissão do ministro da Economia Paulo Guedes.

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